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Credores da Odebrecht lideram tentativa de venda da Supervia, dizem fontes

Supervia opera trens urbanos em 12 cidades do Estado do Rio de Janeiro e transporta cerca de 750 mil pessoas diariamente

Odebrecht: empresa contratou meses atrás o BTG Pactual como assessor da venda da Supervia, acrescentaram as fontes (Nacho Doce/Reuters)

Odebrecht: empresa contratou meses atrás o BTG Pactual como assessor da venda da Supervia, acrescentaram as fontes (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de maio de 2018 às 11h13.

Última atualização em 10 de maio de 2018 às 11h28.

São Paulo - Os credores brasileiros do grupo Odebrecht estão liderando esforços para vender a operadora ferroviária do grupo, a Supervia, enquanto pressionam a holding a acelerar a venda de ativos, disseram três fontes com conhecimento do assunto.

A Odebrecht contratou meses atrás o BTG Pactual como assessor da venda da Supervia, acrescentaram as fontes, pedindo anonimato porque as conversas ainda são privadas.

Mas o fracasso em chegar a um acordo com potenciais interessados fez com que credores como o Itaú Unibanco e Banco Bradesco SAinterviessem para ajudar nos esforços de venda por meio de seus bancos de investimento.

No mês passado, a Odebrecht Engenharia e Construção não pagou 500 milhões de reais em títulos e disse que sua controladora, a Odebrecht SA, ainda negocia com bancos para receber novos empréstimos para fazer o pagamento dentro do período de carência de 30 dias.

As negociações para os novos empréstimos ainda estão em andamento, disseram as fontes, e os bancos dizem que o programa de vendas de ativos da Odebrecht está mais lento do que o esperado. A dificuldade em vender a Supervia foi visto pelos bancos como exemplo de venda de ativo atrasada.

A Odebrecht recebeu apenas 7 bilhões de reais dos 12 bilhões de reais em negócios anunciados, principalmente devido a obstáculos legais para fechar negócios em países latino-americanos como o Peru. Mas este não é o caso na Supervia.

O Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes, havia negociado com a Odebrecht por meio do BTG durante meses, mas a Odebrecht considerou sua oferta muito baixa.

Desde então, outros dois grupos demonstraram interesse no negócio: a Starboard Restructuring Partners e o grupo brasileiro RTM Brasil, formado por executivos e apoiado por empresas de private equity não especificadas, que estariam dispostas a financiar o negócio, disseram duas fontes.

BTG Pactual, Bradesco, Itaú, Mubadala e Starboard não comentaram imediatamente o assunto. Em e-mail a Reuters, a "Odebrecht Mobilidade confirma estar conversando com outro investidor para venda de sua participação na Supervia".

A Odebrecht adquiriu 60 por cento da Supervia em 2011. A empresa opera trens urbanos em 12 cidades do Estado do Rio de Janeiro e transporta cerca de 750 mil pessoas diariamente.

Acompanhe tudo sobre:Novonor (ex-Odebrecht)

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