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Crédit Suisse assume culpa por evasão fiscal

O banco aceitou pagar uma multa de US$ 2,6 bilhões

Crédit Suisse: essa foi a mais alta multa imposta de uma única vez (Fabrice Coffrini/AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 07h12.

Washington - O banco Crédit Suisse se declarou culpado nesta segunda-feira de colaborar na evasão fiscal de ricos clientes americanos e aceitou pagar uma multa de US$ 2,6 bilhões, anunciou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Essa é a primeira instituição financeira em duas décadas a reconhecer sua culpa perante a Justiça americana. Também se trata da multa mais severa contra um banco desde que a também suíça USB aceitou pagar US$ 780 milhões em um caso similar em 2009.

Na época, porém, o banco não se declarou culpado.

"Esse caso mostra que nenhuma instituição financeira - não importa seu tamanho, ou alcance global - está acima da lei", comemorou o procurador-geral americano, Eric Holder.

"Quando um banco se envolve em uma má conduta que é tão descarada, deveria se esperar do Departamento de Justiça um processo penal na maior medida possível, como aconteceu aqui", acrescentou.

A acusação de delito grave apresentada na corte federal do distrito de Alexandria, na Virgínia, garante que o Crédit Suisse "agiu de forma ilegal, voluntária, intencional e de maneira conscientemente conspiratória" para ajudar cidadãos americanos a preparar e a apresentar declarações de impostos falsas.

A Justiça americana também anunciou a acusação de oito banqueiros do Crédit Suisse por terem criado um programa de evasão fiscal no exterior para seus clientes americanos. O programa funcionou por vários anos.

Segundo o Departamento, o banco suíço ajudou a ocultar renda em contas falsas, destruiu registro de contas e entregou em mãos o dinheiro de contas para ajudar seus clientes a sonegar e evadir impostos.

"Centenas de funcionários do Crédit Suisse, em particular em nível administrativo, conspiraram para ajudar sonegadores de impostos", afirmou a procuradora americana Dana Boente.

Essa foi a mais alta multa imposta de uma única vez, depois de anos de pressão das autoridades americanas sobre a Suíça para que suspendesse o sigilo bancário.

Outros 13 bancos suíços acabaram submetidos a um processo similar, e mais 100 instituições financeiras foram solicitadas a cooperar com as autoridades americanas, além de pagarem multas por ajudar seus clientes a burlar as leis fiscais dos Estados Unidos.

Oito funcionários do Crédit Suisse foram acusados nesse processo. Dois se declararam culpados. Nenhum deles é executivo de alto perfil da instituição.

Segundo fontes americanas, as investigações levaram à devassa de contas no exterior de 43 mil contribuintes, que pagaram mais de US$ 6 bilhões em impostos atrasados.

Esse caso representa uma séria advertência para os contribuintes americanos endinheirados e para as instituições financeiras. Ninguém foi levado à Justiça penal ainda.

Desde o início da crise de 2008, as autoridades americanas têm recebido duras críticas por sua tolerância e permissividade com os grandes bancos.

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Washington - O banco Crédit Suisse se declarou culpado nesta segunda-feira de colaborar na evasão fiscal de ricos clientes americanos e aceitou pagar uma multa de US$ 2,6 bilhões, anunciou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Essa é a primeira instituição financeira em duas décadas a reconhecer sua culpa perante a Justiça americana. Também se trata da multa mais severa contra um banco desde que a também suíça USB aceitou pagar US$ 780 milhões em um caso similar em 2009.

Na época, porém, o banco não se declarou culpado.

"Esse caso mostra que nenhuma instituição financeira - não importa seu tamanho, ou alcance global - está acima da lei", comemorou o procurador-geral americano, Eric Holder.

"Quando um banco se envolve em uma má conduta que é tão descarada, deveria se esperar do Departamento de Justiça um processo penal na maior medida possível, como aconteceu aqui", acrescentou.

A acusação de delito grave apresentada na corte federal do distrito de Alexandria, na Virgínia, garante que o Crédit Suisse "agiu de forma ilegal, voluntária, intencional e de maneira conscientemente conspiratória" para ajudar cidadãos americanos a preparar e a apresentar declarações de impostos falsas.

A Justiça americana também anunciou a acusação de oito banqueiros do Crédit Suisse por terem criado um programa de evasão fiscal no exterior para seus clientes americanos. O programa funcionou por vários anos.

Segundo o Departamento, o banco suíço ajudou a ocultar renda em contas falsas, destruiu registro de contas e entregou em mãos o dinheiro de contas para ajudar seus clientes a sonegar e evadir impostos.

"Centenas de funcionários do Crédit Suisse, em particular em nível administrativo, conspiraram para ajudar sonegadores de impostos", afirmou a procuradora americana Dana Boente.

Essa foi a mais alta multa imposta de uma única vez, depois de anos de pressão das autoridades americanas sobre a Suíça para que suspendesse o sigilo bancário.

Outros 13 bancos suíços acabaram submetidos a um processo similar, e mais 100 instituições financeiras foram solicitadas a cooperar com as autoridades americanas, além de pagarem multas por ajudar seus clientes a burlar as leis fiscais dos Estados Unidos.

Oito funcionários do Crédit Suisse foram acusados nesse processo. Dois se declararam culpados. Nenhum deles é executivo de alto perfil da instituição.

Segundo fontes americanas, as investigações levaram à devassa de contas no exterior de 43 mil contribuintes, que pagaram mais de US$ 6 bilhões em impostos atrasados.

Esse caso representa uma séria advertência para os contribuintes americanos endinheirados e para as instituições financeiras. Ninguém foi levado à Justiça penal ainda.

Desde o início da crise de 2008, as autoridades americanas têm recebido duras críticas por sua tolerância e permissividade com os grandes bancos.

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