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Corte Européia mantém condenação da Microsoft por prejudicar a concorrência de mercado

Empresa pagará em torno de 500 milhões de euros por não compartilhar informações e embutir produtos próprios no Windows

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

A gigante mundial de softwares Microsoft sofreu nesta segunda-feira uma derrota na luta para mostrar que seu modelo de negócios não prejudica a competição de mercado. A Corte de Primeira Instância da União Européia, nível mais alto de julgamento quanto ao assunto, no bloco continental, rejeitou o pedido de apelação da empresa americana contra uma decisão judicial de 2004, que na época condenou a companhia por competição desleal.

Com a manutenção da primeira sentença, a Microsoft será obrigada a pagar a multa recorde determinada há três anos, no valor de 497 milhões de euros, como informa a versão online do jornal britânico Financial Times.

A pena contra a empresa baseou-se em duas acusações oficializadas em 1998 pela Sun Mycrosistems, concorrente da Microsoft, no órgão antitruste europeu. Uma das irregularidades apontadas é que a companhia do empresário Bill Gates recusava-se a compartilhar com as rivais informações essenciais para a formação de redes de trabalho entre sistemas de marcas diferentes, de modo que nenhuma máquina que usasse um programa diferente dos da Microsoft conseguiria "conversar" com esses últimos.

Já o segundo ponto dizia respeito à instalação do Windows Media Player como parte do sistema Windows. De acordo com o órgão antitruste, a medida obrigava os outros tocadores de mídia a concorrer em desvantagem pela preferência dos consumidores.

Por isso, além de impor uma punição financeira de quase meio bilhão de euros, a Corte européia determinou que a empresa também retire o Windows Media Player do Windows e compartilhe com as concorrentes as informações necessárias para a comunicação em rede de trabalho.

A decisão põe fim a uma disputa de quase nove anos entre a Microsoft e as empresas do setor, além de permitir a abertura de uma brecha legal para que mais concorrentes tentem obter na Justiça o reconhecimento de que as práticas da gigante americana dificultam a guerra pelos clientes.

 

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