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Controle de despesas foi mantido, diz BM&FBovespa

"A companhia tem ficado cada vez mais eficiente e tem feito um esforço muito grande, com um quadro mais enxuto de pessoal", afirmou diretor executivo


	BM&FBovespa: reiterou projeções de desempenho para despesas ajustadas e investimentos
 (Reuters)

BM&FBovespa: reiterou projeções de desempenho para despesas ajustadas e investimentos (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 13h05.

São Paulo - A BM&FBovespa conseguiu controlar suas despesas e entregar maior eficiência no segundo trimestre de 2014, a despeito dos vários projetos entregues ou em andamento, de acordo com Eduardo Guardia, diretor executivo de produtos e relações com investidores da bolsa paulista.

"A companhia tem ficado cada vez mais eficiente e tem feito um esforço muito grande, com um quadro mais enxuto de pessoal", afirmou ele, nesta sexta-feira, 08.

As despesas totais da BM&FBovespa no segundo trimestre do ano somaram R$ 178,2 milhões, alta de 0,8% em relação ao observado um ano antes e queda de 4,4% em relação ao primeiro trimestre.

No primeiro semestre, as despesas chegaram a R$ 364,5 milhões, crescimento de 4,3% ante igual intervalo do ano passado. No conceito ajustado, os gastos somaram R$ 134,1 milhões no intervalo de abril a junho, alta de 0,7% em relação ao visto no segundo trimestre de 2013. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o recuo foi de 1,7%.

Na primeira metade do ano, as despesas ajustadas somam R$ 270,6 milhões, alta de 5,2%, ainda na relação anual. No conceito ajustado, há a retirada de depreciação, plano de opções, imposto relacionado aos dividendos da CME e provisões.

Projeções

A BM&FBovespa reiterou suas projeções de desempenho (guidance) tanto para despesas ajustadas quanto para investimentos neste ano e também em 2015. Em gastos, conforme o diretor executivo financeiro e corporativo, Daniel Sonder, a bolsa espera ficar no piso do intervalo anunciado para este exercício, de R$ 595 milhões a R$ 615 milhões.

"Estamos reiterando o intervalo de despesas ajustadas para 2014", disse. O executivo não descartou, contudo, uma revisão para baixo no guidance no futuro. "Estamos bastante tranquilos com o intervalo e fazendo o possível para estar na banda inferior das despesas ajustadas", acrescentou.

Sobre o orçamento para investimentos, de R$ 230 milhões a R$ 260 milhões para este ano, Sonder lembrou que ainda há muita coisa para fazer. Ele disse que a partir de agora a tendência é de que os investimentos sejam menores. Para 2015, a bolsa espera investir entre R$ 190 milhões e R$ 220 milhões.

"Este guidance também está mantido", reforçou o diretor executivo de produtos e relações com investidores da BM&FBovespa, Eduardo Guardia.

Juros

O resultado financeiro da BM&FBovespa no segundo trimestre foi beneficiado pelo aumento dos juros, de acordo com Guardia. De abril a junho, foi de R$ 59,5 milhões, crescimento de 38,2% em relação ao visto no mesmo período do ano anterior. Em relação ao primeiro trimestre do ano, o ganho financeiro subiu 24%.

No primeiro semestre do ano, a Bolsa registrou um ganho financeiro de R$ 107,6 milhões, aumento de 34,1% na comparação anual. "O resultado financeiro cresce bastante basicamente por causa da elevação da taxa de juros média", explicou.

O caixa da Bolsa (disponibilidades e aplicações financeiras) somou ao fim de junho R$ 3,5 bilhões, queda de 28% em relação ao observado no fim do ano passado, quando esta linha chegava a R$ 4,87 bilhões.

A BM&FBovespa informou que os recursos disponíveis ao final do período eram de R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 900 milhões vinculados, principalmente, à estrutura de salvaguardas das clearings. Outro R$ 1,1 bilhão estava relacionado principalmente às garantias de terceiros depositadas nas clearings da companhia.

Novos produtos

Segundo Guardia, o caixa apresentado pela companhia ao fim do segundo trimestre do ano está em linha com as expectativas e que ele está confortável.

Guardia citou ainda que a companhia está avançando em seu programa de BDRs não patrocinadas. Há 15 em seleção e outras 30, entre empresas americanas e europeias, também devem incorporar a lista. "É um conjunto de esforços não só para entregar novos produtos quanto para aumentar a liquidez dos ativos existentes", disse o executivo.

No fim do ano, a companhia espera entregar ao mercado alguns novos produtos para o ibalcão, como o COE com entrega física, CDB escalonado, letras financeiras e NDF (com e sem CCP). "Apesar dos volumes mais baixos, há muita entrega no rumo", disse.

Guardia destacou que, além disso, há uma série de iniciativas para melhora da infraestrutura em TI. "Tem muita melhoria operacional em curso", disse. Outra entrega prevista no segundo semestre é para a nova tela e aplicativo para celular do Tesouro Direto.

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