Conheça os segredos por trás da produção do Doritos
EXAME.com visitou a fábrica da Pepsico em Itu para acompanhar a fabricação do salgadinho do início ao fim
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 10h58.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2018 às 16h54.
São Paulo – Do que é feito um dos salgadinhos mais famosos do mundo? Como ele adquire a forma triangular e a textura crocante? E o cheiro? Vem de onde? EXAME.com visitou a fábrica da Pepsico em Itu para responder a essas e outras questões sobre o Doritos. Veja, a seguir, como ele é feito:
Milho. O principal e praticamente único ingrediente do Doritos é o milho. Ele é transgênico, vem de fazendas do Paraná especializadas em fornecer para a Pepsico e é transportado por meio dessas empilhadeiras.
O milho é jogado em dois silos que, juntos, são capazes de armazenar até 190 toneladas.
O milho passa por uma peneira para evitar que os grãos quebrados ou fora do tamanho considerado padrão de qualidade entrem na linha de produção.
Depois de peneirado, o milho é fervido em água por cerca de 12 minutos junto a uma pequena porcentagem de cal, para que a casca se solte do grão.
Depois de cozido, o milho repousa por cerca de 12 horas em um tambor, para que a casca seja retirada e ele amoleça o suficiente.
A fábrica de Itu tem 12 desses tambores, que se revezam nos estágios de produção. Dentro dessa área, sente-se um forte cheiro de milho cozido.
Durante as 12 horas de descanso, o milho vai lentamente amolecendo e perdendo a casca.
Depois das 12 horas, o milho é drenado para os canos que o levarão para a linha de produção propriamente dita.
Estes são os tambores de descanso vistos por baixo. O milho vai lentamente sendo levado para os canos que o conduzirão até a linha de produção.
O milho passa então por uma lavagem, para que qualquer resquício de casca ou cal seja retirado dos grãos.
Depois disso, o milho passa por uma esteira para a retirada do excesso de água e é levado até um moinho de pedras.
Nessa máquina, o milho é triturado até que vire uma massa uniforme. O processo não dura mais de 30 segundos e o barulho é bastante alto.
O milho sai da trituradora com essa aparência: uma massa ainda mole e mais grossa, que se desfaz na mão.
A massa passa por rolos compressores, que a deixarão na espessura exata de um Doritos.
A massa, além de comprimida, também é cortada em triângulos no caminho para o forno, onde será assada por cerca de 2 minutos.
Depois de assado, cada triângulo já recebe o nome de “chip”. O próximo passo é passar por uma esteira longa enquanto é resfriado.
A esteira tem três andares e sua velocidade pode ser regulada de acordo com a velocidade da produção da fábrica.
Terminada a esteira, os chips são levados para a fritura em óleo de palma, onde permanecem por cerca de dois minutos.
Depois de assado e frito, o chip já está crocante e adquire a textura conhecida. Ele está pronto para receber a aromatização.
Neste tambor é que os chips recebem o pó que contém o aroma característico do Doritos. Ele pode ser Tradicional, Pimenta ou Nachos. As fórmulas dos sabores são secretas e importadas do Uruguai.
O pó é borrifado em cima dos chips enquanto o tambor roda, para que nenhuma parte fique sem o contato com ele.
Na fábrica de Itu, só se trabalha com o sabor Nacho. Nas outras fábricas da Pepsico, em Sete Lagoas, no interior de Minas Gerais, e Curitiba, também são fabricados os sabores Tradicional e Pimenta. Os aromas são os mesmos em todo o mundo.
Os chips são então levados para a sala de pesagem e embalagem, através dessas esteiras. Toda a sala onde se aplica o sabor tem um cheiro fortíssimo e parece que tudo fica um pouco laranja.
Os chips são então divididos em diversas balanças, que operam da mesma maneira e simultaneamente.
Cada balança é programada para uma pesagem. Na fábrica de Itu, são produzidos os sacos de 30, 55 e 110 gramas.
Os chips vão caindo dentro dessas caixas e, quando atingem a pesagem programada, elas abrem e deixam cair a quantidade exata dentro do saco, que vai abaixo. Da lavagem até a embalagem, o processo leva apenas 12 minutos.
Ao mesmo tempo em que ocorre a pesagem, também são montadas as embalagens. Elas começam com o rolo de filme metalizado dessa forma, sem cortes ou dobras.
Quando entra na máquina, a folha de alumínio é dobrada e colada no formato cilíndrico da embalagem.
A embalagem recebe a dosagem programada de chips e, em seguida, a máquina sela e divide os saquinhos.
Depois de embalados, os sacos passam por uma última pesagem, para conferir se a dosagem programada está de acordo. Ao todo, é produzida uma tonelada de Doritos por hora na fábrica de Itu.
Depois disso, os sacos de salgadinho são colocados em caixas, que serão entregues aos fornecedores.
As caixas são levadas para o estoque por meio dessas empilhadeiras e, lá, são separadas entre as que vão direto para os caminhões e as que esperarão o próximo carregamento.
As caixas são levadas até os caminhões, onde é feita uma última conferência sobre os pedidos que chegarão aos distribuidores. A fábrica de Itu abastece toda a região sudeste.
Mais lidas
Mais de Negócios
Atenção, Faria Limers: startup russa investe R$ 50 milhões para trazer patinetes de volta a SPEsse empresário falido ficou milionário vendendo pedras como animais de estimaçãoModernização de fábricas e autoprodução de energia: Unipar apresenta seus avanços em ESGStartup catarinense contrata executivo da Faria Lima para crescer no banking as a service