Conheça empresa que vendia doces de porta em porta e faturou R$ 78 milhões
Flormel passou a exportar doces e snacks saudáveis para América Latina; projeção de crescimento é de 31% em 2022
Gabriel Aguiar
Publicado em 18 de fevereiro de 2022 às 09h24.
Última atualização em 18 de fevereiro de 2022 às 09h33.
Quem vê produtos da Flormel nas gôndolas de supermercados e farmácias de todo o país talvez nem imagine que a empresa nasceu em 1987 com vendas de porta em porta. E, em vez de apenas balas à base de mel, o catálogo chegou a 44 produtos de 14 linhas diferentes – que têm de snacks saudáveis a doces sem açúcar –, enquanto o faturamento saltou para 78 milhões no ano passado. No comando do negócio está a própria filha dos fundadores, a nutricionista Alexandra Casoni, como CEO.
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Para aumentar a receita em 12% nos últimos meses, a Flormel apostou em diferentes estratégias: as embalagens foram redesenhadas; os adoçantes maltitol e sorbitol foram substituídos por xilitol, uma opção mais saudável para remover o açúcar da lista de ingredientes; e os produtos começaram a ser exportados para Bolívia e Panamá. Neste ano, a projeção de crescimento está ainda maior, com 31% e faturamento de 100 milhões de reais, como novos canais de venda e maior força no digital.
E, mesmo durante a pandemia da covid-19, a Flormel conseguiu se manter estável, com faturamento de 70 milhões de reais em 2019 e 2020 – apesar da paralisação das lojas de departamento e do canal indireto que atendia varejistas menores, fontes que representavam 30% da receita. Para contornar a limitação, a empresa criou um hub de e-commerce B2B voltado ao pequeno varejista e fortaleceu os canais de venda online para clientes, que fizeram a participação digital saltar de 1% para 10%.
Protagonismo feminino e diversidade
“Ter a representação feminina expressiva é muito importante, porque a mulher continua precisando provar que é capaz de conciliar a vida pessoal para ingressar no ambiente dominado exclusivamente pela figura masculina”, afirma a CEO. Além dela, a Flormel tem outras sete líderes mulheres, sendo três delas mães. “ Nossa equipe é diversificada. E quero manter a combinação de gêneros e idades. Eu não posso olhar para alguém com mais de 45 anos e dizer que não serve para isso ou aquilo”.