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Compra da SABMiller afasta cervejeira de raízes na África

A aquisição da SABMiller ela concorrente de maior porte AB InBev distanciaria ainda mais a empresa com sede em Londres de suas raízes, que remontam ao século 19

Cervejas da SABMiller: a fabricante de produtos locais iniciou sua história com o nome de South African Breweries, em 1895 (Daniel Acker/Bloomberg News)

Cervejas da SABMiller: a fabricante de produtos locais iniciou sua história com o nome de South African Breweries, em 1895 (Daniel Acker/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2015 às 16h28.

A aquisição da SABMiller Plc pela concorrente de maior porte Anheuser-Busch InBev NV distanciaria ainda mais a empresa com sede em Londres de suas raízes, que remontam ao século 19, quando era a fornecedora sul-africana de cerveja para os mineiros sedentos do chamado recife do ouro, em Joanesburgo.

A fabricante de produtos locais como a Castle Lite iniciou sua história com o nome de South African Breweries, em 1895, e se tornou a primeira empresa industrial a listar ações na Bolsa de Valores de Joanesburgo, dois anos depois.

Em meados do século passado, a empresa cervejeira controlava 98 por cento de seu mercado doméstico, antes de se expandir internacionalmente após o fim do governo de uma minoria branca, em 1994.

“As vendas da cerveja da SAB estão muito à frente em relação às das outras cervejas que nós vendemos qualquer noite”, disse Kate Bennett, 33, sócia do pub Colony Arms, no subúrbio de Craighall, em Joanesburgo, nesta quarta-feira.

“Certamente existe uma sensação de orgulho nacional”.

A primeira cisão significativa da empresa em relação à África do Sul veio com a decisão de mudar sua cotação principal para Londres, em 1999.

Três anos depois, a empresa comprou a Miller Brewing Company, segunda maior fabricante de cervejas dos EUA, e agregou a Grolsch e a Peroni ao seu portfólio.

A SABMiller agora conta com 70.000 funcionários em mais de 80 países e será engolida pela AB InBev, que tem sede em Leuven, na Bélgica, se a empresa cervejeira dona das marcas Budweiser e Stella Artois concluir o negócio multibilionário.

“Os clientes já estão muito acostumados ao que tomam, por isso eu duvido que uma mudança na propriedade da empresa altere isso de forma significativa”, disse Bennett.

“Vai ser interessante ver se alguma mudança na publicidade vai mudar a percepção das pessoas”.

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