Com recessão na Europa, Bombardier aposta em ferrovias na AL
Aumentar as vendas na América pode significar um grande impulso para a empresa, terceira maior fabricante de equipamentos ferroviários do mundo segundo vendas
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2013 às 12h30.
Montreal – A Bombardier Inc. está considerando fazer um lance para projetos de trens de passageiros no México e em outros lugares da América Latina no intuito de diversificar seus negócios ferroviários fora da Europa, que continua estagnada na recessão.
Meia dúzia de possibilidades foram identificadas no México, disse Alfredo Nolasco, chefe da unidade mexicana da companhia, em entrevista pelo telefone.
A Bombardier, com sede em Montreal, também está “procurando ativamente projetos” em países como Chile, Peru, Colômbia e Panamá, disse Nolasco, que se recusou a dar mais detalhes.
A Bombardier já constrói vagões para trens de passageiros no México, que se tornou atraente para a indústria de equipamentos ferroviários depois que o presidente mexicano Enrique Peña Nieto propôs reativar o sistema ferroviário interurbano de passageiros, eliminado na década de 1990.
As vendas no país poderiam ajudar a companhia a depender menos do mercado europeu, que contribuiu com 63 por cento da receita gerada no ramo em 2012, um total de US$ 8,1 bilhões.
A planta ferroviária da Bombardier em Ciudad Sahagún, cerca de 90 quilômetros ao nordeste da Cidade do México, emprega quase 2000 pessoas.
Fabrica locomotivas, vagões de passageiros para trens urbanos e interurbanos e vagões de alta velocidade, incluindo mais de mil unidades do seu modelo R142, usado no metrô de Nova York. Bombardier liderou um grupo que ganhou um contrato por US$ 1,44 bilhão para construir um monotrilho em São Paulo.
O México planeja investimentos por aproximadamente 100 bilhões de pesos (US$ 7,66 bilhões) para trens de passageiros, segundo funcionários do governo. Os detalhes desses investimentos podem ser divulgados quando Peña Nieto apresentar o programa nacional de infraestrutura para seu mandado de seis anos, que será anunciado proximamente, segundo disse o presidente em 20 de junho.
Crescimento na América
Aumentar as vendas na América pode significar um grande impulso para a Bombardier, terceira maior fabricante de equipamentos ferroviários do mundo segundo vendas, conforme um estudo do instituto de pesquisa Xerfi Global, com sede em Paris, publicado em fevereiro de 2013.
A recessão na Europa, que já dura 18 meses, diminuiu os negócios ferroviários da companhia para 49 por cento do seu total no ano passado; em 2010 ainda era de 52 por cento, segundo dados compilados pela Bloomberg. Os jatos regionais, aviões corporativos e turbopropulsores formam o restante.
No ano passado, a Bombardier estimava que tinha construído por volta de 65 por cento dos vagões de passageiros da capital mexicana e três quartos do sistema de trânsito urbano de Monterrey na planta da Cidade Sahagún. Isso poderia ajudar a companhia a ganhar contratos no México, disse David Tyerman, analista na Canaccord Genuity Inc. de Toronto, que visitou a planta há dois anos.
“Poderia deixá-los em boa posição para ganhar negócios”, disse Tyerman, que considera a Bombardier um investimento confiável, em entrevista pelo telefone. “A planta mexicana é muito grande e sua capacidade é imensa”.
Os rivais estão rondando
Os concorrentes também estão se preparando. A Siemens AG está esperando obter detalhes dos projetos ferroviários mexicanos, disse Markus Mildner, vice-presidente executivo da companhia com sede em Munique para infraestrutura e cidades no México e na América Central.
A Alstom SA “participará das próximas licitações” para obras ferroviárias no México, disse a porta-voz Isabelle Tourancheau por e-mail, e acrescentou, sem dar mais detalhes, que a companhia francesa pode trabalhar com parceiros locais e internacionais dependendo do projeto.
A Bombardier está “muito feliz de ver que o sistema ferroviário de passageiros do México está revivendo. São grandes notícias, não só para a Bombardier, mas para o país”, disse Nolasco. “O México precisa muito disso”.
Montreal – A Bombardier Inc. está considerando fazer um lance para projetos de trens de passageiros no México e em outros lugares da América Latina no intuito de diversificar seus negócios ferroviários fora da Europa, que continua estagnada na recessão.
Meia dúzia de possibilidades foram identificadas no México, disse Alfredo Nolasco, chefe da unidade mexicana da companhia, em entrevista pelo telefone.
A Bombardier, com sede em Montreal, também está “procurando ativamente projetos” em países como Chile, Peru, Colômbia e Panamá, disse Nolasco, que se recusou a dar mais detalhes.
A Bombardier já constrói vagões para trens de passageiros no México, que se tornou atraente para a indústria de equipamentos ferroviários depois que o presidente mexicano Enrique Peña Nieto propôs reativar o sistema ferroviário interurbano de passageiros, eliminado na década de 1990.
As vendas no país poderiam ajudar a companhia a depender menos do mercado europeu, que contribuiu com 63 por cento da receita gerada no ramo em 2012, um total de US$ 8,1 bilhões.
A planta ferroviária da Bombardier em Ciudad Sahagún, cerca de 90 quilômetros ao nordeste da Cidade do México, emprega quase 2000 pessoas.
Fabrica locomotivas, vagões de passageiros para trens urbanos e interurbanos e vagões de alta velocidade, incluindo mais de mil unidades do seu modelo R142, usado no metrô de Nova York. Bombardier liderou um grupo que ganhou um contrato por US$ 1,44 bilhão para construir um monotrilho em São Paulo.
O México planeja investimentos por aproximadamente 100 bilhões de pesos (US$ 7,66 bilhões) para trens de passageiros, segundo funcionários do governo. Os detalhes desses investimentos podem ser divulgados quando Peña Nieto apresentar o programa nacional de infraestrutura para seu mandado de seis anos, que será anunciado proximamente, segundo disse o presidente em 20 de junho.
Crescimento na América
Aumentar as vendas na América pode significar um grande impulso para a Bombardier, terceira maior fabricante de equipamentos ferroviários do mundo segundo vendas, conforme um estudo do instituto de pesquisa Xerfi Global, com sede em Paris, publicado em fevereiro de 2013.
A recessão na Europa, que já dura 18 meses, diminuiu os negócios ferroviários da companhia para 49 por cento do seu total no ano passado; em 2010 ainda era de 52 por cento, segundo dados compilados pela Bloomberg. Os jatos regionais, aviões corporativos e turbopropulsores formam o restante.
No ano passado, a Bombardier estimava que tinha construído por volta de 65 por cento dos vagões de passageiros da capital mexicana e três quartos do sistema de trânsito urbano de Monterrey na planta da Cidade Sahagún. Isso poderia ajudar a companhia a ganhar contratos no México, disse David Tyerman, analista na Canaccord Genuity Inc. de Toronto, que visitou a planta há dois anos.
“Poderia deixá-los em boa posição para ganhar negócios”, disse Tyerman, que considera a Bombardier um investimento confiável, em entrevista pelo telefone. “A planta mexicana é muito grande e sua capacidade é imensa”.
Os rivais estão rondando
Os concorrentes também estão se preparando. A Siemens AG está esperando obter detalhes dos projetos ferroviários mexicanos, disse Markus Mildner, vice-presidente executivo da companhia com sede em Munique para infraestrutura e cidades no México e na América Central.
A Alstom SA “participará das próximas licitações” para obras ferroviárias no México, disse a porta-voz Isabelle Tourancheau por e-mail, e acrescentou, sem dar mais detalhes, que a companhia francesa pode trabalhar com parceiros locais e internacionais dependendo do projeto.
A Bombardier está “muito feliz de ver que o sistema ferroviário de passageiros do México está revivendo. São grandes notícias, não só para a Bombardier, mas para o país”, disse Nolasco. “O México precisa muito disso”.