Cinco músicos que fizeram sucesso depois de mortos
Exemplos de álbuns póstumos que garantiram vendas recordes às gravadoras
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2010 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h37.
São Paulo – Após o sucesso alcançado como líder da Big Brother and the Holding Company, Janis Joplin decidiu que era hora de seguir sozinha. Em setembro de 1970, a artista finalizou seu segundo álbum solo, Pearl. A cantora, porém, não chegaria a ver seu lançamento, pois morreu de overdose um mês depois. Pearl chegou às lojas apenas em fevereiro de 1971. Com sucessos como “Me and Booby McGee” e “Mercedes Benz”, logo alcançou o posto de número um da revista Billboard. Segundo a rede americana CNBC, ainda hoje, este é o álbum mais popular de Janis Joplin, tendo vendido mais de 4 milhões de cópias. Em 2003, a revista Rolling Stone o incluiu na lista dos 500 maiores discos de todos os tempos.
Kurt Cobain se suicidou em abril de 1994. Sua morte representou também o fim prematuro do Nirvana, a banda que liderava e que foi responsável por uma das maiores renovações do cenário do rock no início dos anos 90, com o movimento grunge. Em novembro do mesmo ano, a DGC Records lançou o álbum MTV Unplugged in New York. As músicas, gravadas numa apresentação em 1993, eram versões acústicas de alguns de seus maiores sucessos, como “Come as You Are” e “All Apologies”. O sucesso foi imediato: o álbum vendeu 300.000 cópias apenas na primeira semana. No total, o disco já vendeu 14 milhões de cópias.
O último projeto de Ray Charles foi Genius Loves Company um álbum de duetos com outros pesos-pesados do mundo da música, como BB King, Elton John e Willie Nelson. O disco só veio a público dois meses após a morte de Ray Charles, em junho de 2004, devido a um câncer. O álbum foi o primeiro de Ray Charles a alcançar o primeiro lugar da Billboard em quarenta anos. Com 5 milhões de cópias vendidas, tornou-se o maior sucesso de toda a sua carreira.
O último disco de John Lennon foi lançado em 1984, quatro anos após o assassinato do ex-Beatle por um fã. Milk and Honey seria a próxima colaboração entre Lennon e sua mulher, Yoko Ono, após o álbum Double Fantasy, lançado poucas semanas antes de sua morte. De acordo com a rede americana CNBC, o casal pretendia concluir o álbum em 1981. Quando Lennon morreu, muitos afirmaram que Milk and Honey nunca seria finalizado. Três anos depois, porém, Yoko retomou o projeto. Embora tenha recebido críticas mornas, os fãs do músico não decepcionaram. O disco vendeu meio milhão de cópias.
Depois de alcançar o sucesso nos anos 60 com canções como “Oh! Pretty Woman”, Roy Orbison caiu no ostracismo até os anos 80. Foi quando, em 1988, participou de um álbum idealizado pelo ex-Beatle George Harrison: Traveling Wilburys Vol.1. O disco também contou com Tom Petty, Bob Dylan e Jeff Lynne. O sucesso do projeto trouxe Orbison de volta aos holofotes. Para aproveitar o bom momento, o músico lançou-se em um álbum solo, Mystery Girl. O ritmo intenso de trabalho, porém, pesou sobre a saúde de Roy Orbison, um fumante inveterado que já havia sofrido três ataques do coração. Em dezembro de 1988, o artista não sobreviveu ao quarto ataque. Mystery Girl, que foi lançado dois meses depois de sua morte, já vendeu mais de um milhão de cópias. Foi o único disco do músico a atingir tal marca.
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