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Chinesa Midea investe para ampliar presença na América Latina

Chinesa vai direcionar investimentos para países da América Central e Caribe, que estão em melhor situação financeira que o Brasil

Fabricante chinesa de eletrodomésticos Midea (Michael Lassman)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 11h39.

São Paulo - A Midea, multinacional chinesa de eletrodomésticos , deu mais um passo para avançar a presença na América Latina.

A empresa vai desembolsar US$ 30 milhões nos próximos três anos numa operação comercial para vender os produtos em 14 países da América Latina e Caribe, como Colômbia, Bolívia, Porto Rico, República Dominicana e Jamaica (onde a empresa não estava). Também vai ampliar a presença no México, onde há uma pequena operação desde 2011.

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"A América Central e o Caribe são mercados que estão numa situação mais favorável economicamente do que o Brasil. Esses mercados para eletrodomésticos cresceram em 2015 e 2016, entre 2% e 5%, e vão crescer em 2017", diz o presidente da empresa para a América Latina, João Claudio Guetter.

A decisão de expandir na região não está relacionada, segundo o executivo, com o fraco desempenho da companhia no Brasil no ano passado. Ele explica que já existia um plano estratégico da empresa para atingir a América Latina inteira.

A meta para cinco anos é que as vendas da companhia na América Central e Caribe somem US$ 30 milhões, cerca de 15% a 20% do faturamento da América Latina.

O desempenho da Midea no Brasil, Argentina e Chile no ano passado não foi bom e a divisão da América Latina perdeu participação nas vendas globais da companhia.

"Hoje respondemos por mais ou menos 2,5% e 3% do faturamento do grupo e, dois anos atrás respondíamos por 5%", diz Guetter.

Em 2015, que é o dado mais atualizado de vendas globais, a empresa faturou US$ 22,17 bilhões, 7,6% inferior ao ano anterior.

Além do recuo do mercado de eletrodomésticos nesses três países, a desvalorização do peso e do real em relação ao dólar contribuiu para reduzir a fatia da região nas vendas globais.

Apesar do recuo nas vendas de eletrodomésticos no Brasil, o presidente da empresa no País, Felipe Costa, diz que a retração registrada pela companhia foi menor do que a média do mercado.

No caso dos aparelhos de ar condicionado, que são produzidos na fábrica de Canoas (RS), o mercado encolheu 35% no ano passado, mas a empresa teve uma queda menor do que 30% nas mesmas bases de comparação. "Nos outros mercados, ficamos estáveis porque fomos conservadores na introdução de novos produtos."

Além de aparelho de ar condicionado e do forno de micro-ondas fabricados localmente, a empresa importa da China lavadoras, cooktops, secadoras e eletroportáteis para vender no País. Nesses segmentos, Costa calcula que as vendas do mercado tenham recuado 20% no ano passado e considera uma vitória empresa ter se mantido estável. "Usamos 2016 para arrumar a casa, fizemos uma grande reestruturação", diz Costa. Ele explica que a empresa quer estar preparada para quando o mercado de eletrodomésticos voltar a crescer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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