CEO do Uber ordena investigação sobre alegações de assédio sexual
Alegações de assédio sexual na empresa de serviço de transporte urbano por aplicativo foi feita por uma ex-funcionária da empresa
Reuters
Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 08h47.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2017 às 12h04.
O presidente-executivo da Uber Technologies , Travis Kalanick, ordenou uma "investigação urgente" sobre as alegações de assédio sexual na empresa de serviço de transporte urbano por aplicativo feito por uma ex-funcionária.
O executivo disse no domingo que instruiu seu diretor de recursos humanos a investigar as acusações descritas em um post em um blog por Susan Fowler, que trabalhou como engenheira na Uber de novembro de 2015 a dezembro de 2016.
Em uma declaração enviada à Reuters, Kalanick chamou as alegações de Fowler de "abomináveis e contra tudo o que a Uber defende e acredita".
Fowler escreveu no post publicado no domingo que ela foi submetida a assédio sexual, mas, quando relatou a ofensa para os funcionários de recursos humanos e de gestão, eles se recusaram a punir o agressor porque ele tinha "um alto desempenho".
Fowler, que agora é engenheira na empresa de pagamentos Stripe, disse que seu gerente usou o software de bate-papo da empresa para tentar "fazer com que eu fizesse sexo com ele". Ela fez imagens da tela com as mensagens e relatou.
Em vez disso, a administração disse que "eles não se sentiriam confortáveis punindo-o pelo que provavelmente foi apenas um erro inocente de sua parte", escreveu Fowler.
"Nós procuramos fazer da Uber um local de trabalho justo e não pode haver absolutamente nenhum lugar para esse tipo de comportamento na Uber - e qualquer um que se comporte assim ou pensa que isso está OK será demitido", disse Kalanick no domingo.