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Celebridades boicotam Beverly Hills Hotel por lei islâmica

Ícone de Los Angeles já perdeu milhões. Protestos querem atingir o sultão de Brunei, dono do local, por adotar lei que permite apedrejamento de homossexuais

Beverly Hills Hotel: Polo Lounge Patio, onde figuras como Leonardo DiCaprio costumavam almoçar, está vazio (Divulgação/Beverly Hills Hotel)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 17h48.

São Paulo - Celebridades americanas estão boicotando o Beverly Hills Hotel, um dos maiores ícones do bairro que abriga a elite de Los Angeles, na tentativa de atingir seu dono, Hassanal Bolkiah, o sultão de Brunei.

Bolkiah anunciou que, a partir de abril, a lei que valeria para seu país seria a sharia, também conhecida como lei islâmica . Por ela, o homossexualismo vira crime e a punição é a morte por apedrejamento.

O sultão é dono da rede Dorchester, que possui 10 hotéis de luxo espalhados pelo mundo, mas o Beverly Hills é o mais famoso.

O hotel, que recebeu visitas frequentes de personalidades como John F Kennedy, Marylin Monroe, Elizabeth Taylor, é conhecido como o local preferido dos figurões para fechar negócios bilionários e de celebridades para serem vistas.

Na tentativa de atingir o sultão, celebridades americanas como Jay Leno, Ellen DeGeneres e outros disseram não pisar mais no local até que Bolkiah decida vender o hotel, ou revogar a lei.

Só nas primeiras duas semanas de boicote, que começaram no fim de abril e explodiram na primeira semana de maio, cerca de 20 eventos foram cancelados, o que causou um prejuízo de pelo menos 2 milhões de dólares.

Dado o tamanho do hotel e a força das celebridades que se recusaram a utilizá-lo - Kim Kardashian, por exemplo, cancelou a reserva que havia feito para se preparar para seu casamento - as perdas hoje já devem ser bem maiores. Mas dificilmente irão trazer danos reais ao sultão, dono de uma fortuna de 20 bilhões de dólares.

A maior parte desta montanha de dinheiro vem do petróleo que Brunei vende para os países ocidentais e não da rede de hotéis que Bolkiah administra.

Por conta disso, o ator Russel Crowe foi a público criticar o boicote ao Beverly Hills Hotel. Crowe afirmou que as atitudes de Brunei eram "terríveis", mas apontou que os únicos que sofreriam com o protesto seriam os 650 funcionários do local. Boa parte deles já foi instruída a ficar em casa enquanto a situação não se normalizar.

Em entrevista, o porta-voz da rede Dorchester afirmou que o sultão não tem planos de vender a unidade, nem de revogar a lei recém-imposta em seu país.

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São Paulo - Celebridades americanas estão boicotando o Beverly Hills Hotel, um dos maiores ícones do bairro que abriga a elite de Los Angeles, na tentativa de atingir seu dono, Hassanal Bolkiah, o sultão de Brunei.

Bolkiah anunciou que, a partir de abril, a lei que valeria para seu país seria a sharia, também conhecida como lei islâmica . Por ela, o homossexualismo vira crime e a punição é a morte por apedrejamento.

O sultão é dono da rede Dorchester, que possui 10 hotéis de luxo espalhados pelo mundo, mas o Beverly Hills é o mais famoso.

O hotel, que recebeu visitas frequentes de personalidades como John F Kennedy, Marylin Monroe, Elizabeth Taylor, é conhecido como o local preferido dos figurões para fechar negócios bilionários e de celebridades para serem vistas.

Na tentativa de atingir o sultão, celebridades americanas como Jay Leno, Ellen DeGeneres e outros disseram não pisar mais no local até que Bolkiah decida vender o hotel, ou revogar a lei.

Só nas primeiras duas semanas de boicote, que começaram no fim de abril e explodiram na primeira semana de maio, cerca de 20 eventos foram cancelados, o que causou um prejuízo de pelo menos 2 milhões de dólares.

Dado o tamanho do hotel e a força das celebridades que se recusaram a utilizá-lo - Kim Kardashian, por exemplo, cancelou a reserva que havia feito para se preparar para seu casamento - as perdas hoje já devem ser bem maiores. Mas dificilmente irão trazer danos reais ao sultão, dono de uma fortuna de 20 bilhões de dólares.

A maior parte desta montanha de dinheiro vem do petróleo que Brunei vende para os países ocidentais e não da rede de hotéis que Bolkiah administra.

Por conta disso, o ator Russel Crowe foi a público criticar o boicote ao Beverly Hills Hotel. Crowe afirmou que as atitudes de Brunei eram "terríveis", mas apontou que os únicos que sofreriam com o protesto seriam os 650 funcionários do local. Boa parte deles já foi instruída a ficar em casa enquanto a situação não se normalizar.

Em entrevista, o porta-voz da rede Dorchester afirmou que o sultão não tem planos de vender a unidade, nem de revogar a lei recém-imposta em seu país.

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