Carlos Ghosn ficará preso ao menos até março após Justiça negar fiança
Ex-chefe executivo da Nissan foi preso em 19 de novembro e, desde então, está detido na Casa de Detenção de Tóquio
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 09h06.
Tóquio - O ex-chefe executivo da Nissan Carlos Ghosn ficará preso no Japão ao menos até março, após o Tribunal Distrital de Tóquio confirmar decisão anterior negando a sua soltura por pagamento de fiança.
Advogados de defesa apelaram contra a decisão de terça-feira, mas ontem o juiz Iwao Maeda rejeitou a ação. Quando a possibilidade de pagar fiança não é concedida a réus, eles têm de permanecer na cadeia por ao menos dois meses após as acusações serem aceitas - um período que se encerra em 10 de março no caso de Ghosn.
Depois disso, a corte revisa a detenção a cada mês. Advogados de defesa podem buscar a soltura de um cliente por fiança a qualquer momento, mas eles geralmente esperam por um novo desdobramento no caso antes de tentar de novo.
Motonari Otsuru, advogado de Ghosn, disse que apelaria contra a decisão de ontem novamente, desta vez na Suprema Corte.
Ghosn foi preso em 19 de novembro e, desde então, está detido na Casa de Detenção de Tóquio. Ele é acusado de subestimar a própria renda em mais de US$ 80 milhões ao longo de oito anos de relatórios financeiros da Nissan e de levar a montadora a pagar a companhia de um amigo na Arábia Saudita que o ajudou com um problema financeiro pessoal.
Ele alega inocência.