Burger King engorda os lucros com cardápio mais saudável
Com brasileiros à frente da cadeia de fast food, Burger King cortou custos e reformulou o cardápio - no trimestre, os ganhos aumentaram 60%
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2012 às 13h53.
São Paulo - O lucro do Burger King subiu 60% no segundo trimestre do ano. O número, que era de 30,2 milhões de dólares no mesmo período do ano passado, saltou para 48,2 milhões entre abril e junho. E isso apesar de a receita ter diminuído 9,2%, chegando a 540,8 milhões de dólares. Para a cadeia de fast food, a receita para o resultado foi ajudada - surpresa - pela adoção de um cardápio mais saudável.
Nos Estados Unidos e Canadá, o menu passou pela maior reformulação na história da rede, passando a oferecer opções como smoothies, frappées e wraps. Depois disso, as vendas subiram 4,4% na região, que abriga quase 60% dos mais de 12.600 restaurantes da rede. "Nosso foco no menu, imagem, operações e marketing está começando a gerar resultados tangíveis", resumiu o presidente da empresa, o brasileiro Bernardo Hees.
Puxados pelo desempenho de Brasil e México, a escalada na América Latina e Caribe foi ainda maior, atingindo 10,5%. As perspectivas seguem otimistas para dois países de dimensões colossais: China e Rússia. Em ambos, o estabelecimento de joint-ventures com franqueados promete dar gás para a expansão do Burger King. Só na China, 1.000 restaurantes devem ser abertos em um prazo de cinco a sete anos.
Tempero brasileiro
O resultado não deixa de refletir as mudanças implementadas na gestão da companhia a partir de setembro de 2010, quando o fundo 3G Capital, dos empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, comprou a companhia. Nos moldes da gestão consagrada no banco Garantia e na Ambev, que também foram transformados pelos executivos, o corte de custos virou palavra de ordem.
Se de um lado o Burger King franqueou 464 restaurantes dos quais era dono no último trimestre - fazendo com que os ganhos com unidades próprias caíssem 17,4%, impactando sua receita total -, de outro, a empresa não hesitou em cortar custos. As despesas gerais diminuíram 83,5 milhões de dólares e foram determinantes para pintar a última linha do balanço de azul.
Em um retrato semestral, a estratégia fica ainda mais evidente. Desde o começo do ano, o Burger King aumentou o lucro líquido em 157% em relação à 2011, embolsando 62,5 milhões de reais. No mesmo período, a receita total caiu 3,2%, ao passo que os gastos foram limados em 8,7%.
No fim de junho, a companhia voltou à bolsa depois do fundo britânico Justice Holdings comprar uma participação na rede. Hoje, o 3G detém aproximadamente 71% das ações do Burger King.
São Paulo - O lucro do Burger King subiu 60% no segundo trimestre do ano. O número, que era de 30,2 milhões de dólares no mesmo período do ano passado, saltou para 48,2 milhões entre abril e junho. E isso apesar de a receita ter diminuído 9,2%, chegando a 540,8 milhões de dólares. Para a cadeia de fast food, a receita para o resultado foi ajudada - surpresa - pela adoção de um cardápio mais saudável.
Nos Estados Unidos e Canadá, o menu passou pela maior reformulação na história da rede, passando a oferecer opções como smoothies, frappées e wraps. Depois disso, as vendas subiram 4,4% na região, que abriga quase 60% dos mais de 12.600 restaurantes da rede. "Nosso foco no menu, imagem, operações e marketing está começando a gerar resultados tangíveis", resumiu o presidente da empresa, o brasileiro Bernardo Hees.
Puxados pelo desempenho de Brasil e México, a escalada na América Latina e Caribe foi ainda maior, atingindo 10,5%. As perspectivas seguem otimistas para dois países de dimensões colossais: China e Rússia. Em ambos, o estabelecimento de joint-ventures com franqueados promete dar gás para a expansão do Burger King. Só na China, 1.000 restaurantes devem ser abertos em um prazo de cinco a sete anos.
Tempero brasileiro
O resultado não deixa de refletir as mudanças implementadas na gestão da companhia a partir de setembro de 2010, quando o fundo 3G Capital, dos empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, comprou a companhia. Nos moldes da gestão consagrada no banco Garantia e na Ambev, que também foram transformados pelos executivos, o corte de custos virou palavra de ordem.
Se de um lado o Burger King franqueou 464 restaurantes dos quais era dono no último trimestre - fazendo com que os ganhos com unidades próprias caíssem 17,4%, impactando sua receita total -, de outro, a empresa não hesitou em cortar custos. As despesas gerais diminuíram 83,5 milhões de dólares e foram determinantes para pintar a última linha do balanço de azul.
Em um retrato semestral, a estratégia fica ainda mais evidente. Desde o começo do ano, o Burger King aumentou o lucro líquido em 157% em relação à 2011, embolsando 62,5 milhões de reais. No mesmo período, a receita total caiu 3,2%, ao passo que os gastos foram limados em 8,7%.
No fim de junho, a companhia voltou à bolsa depois do fundo britânico Justice Holdings comprar uma participação na rede. Hoje, o 3G detém aproximadamente 71% das ações do Burger King.