Brookfield poderá ganhar mais R$ 400 milhões com venda de terreno, segundo Itaú
Variação de preço do terreno e custos da obra até a conclusão do projeto beneficiaria companhia, de acordo com relatório do Itaú Securities
Tatiana Vaz
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
São Paulo - A venda de 70% do Projeto Faria Lima, na capital paulista, para empresa do Grupo Victor Malzoni, pode render até 400 milhões de reais líquidos para a Brookfield até a conclusão do empreendimento. A estimativa é dos analistas do Itaú Securities, por meio de um relatório divulgado hoje (01/6), um dia após a Brookfield anunciar a venda do edifício comercial de luxo, localizado na avenida de mesmo nome, por 601 milhões de reais.
O valor pago corresponde a 17,655 reais por metro quadrado da área total do imóvel, de 34.020,85 metros quadrados de área privativa. O pagamento será dividido de acordo com o avanço do projeto: 5% do valor foi dado como sinal, outros 35% na assinatura do contrato definitivo de venda da participação no empreendimento, e 40% serão pagos durante o período de construção do imóvel. Os 20% restantes deverão ser pagos após a obtenção do "Habite-se". Mas, de acordo com o relatório, o negócio foi fixado a um preço que pode aumentar entre 8,8% a 9,5% até o prédio estar totalmente arrendado em outubro de 2011. A justificativa para esse resultado é a variação do valor pago por metro quadrado na região, que varia de 85 reais e 140 reais.
Além da valorização do preço do terreno, a Brookfield pode ainda ganhar com o custo da obra menor do que o avaliado pelos compradores. Os analistas apontam que a parcela por custo do terreno estaria em torno de 175 milhões de reais, enquanto o custo da construção foi estimado em 230 milhões (7 reais por metros quadrados). Por considerar todas essas variáveis, o estudo aponta que a receita obtida pela companhia com o valor líquido da venda poderia chegar a 400 milhões de reais.