Brookfield avalia elevar oferta pela Renova Energia, dizem fontes
É esperado aumento de 25%, em uma tentativa de convencer os dois maiores acionistas e controladores da empresa de geração limpa a sair da companhia
Reuters
Publicado em 19 de setembro de 2017 às 09h55.
Última atualização em 19 de setembro de 2017 às 10h06.
São Paulo - A canadense Brookfield Asset Management está avaliando elevar sua proposta pela Renova Energia em 25 por cento, em uma tentativa de convencer os dois maiores acionistas e controladores da empresa de geração limpa a sair da companhia, disseram à Reuters duas pessoas com conhecimento direto do assunto nesta terça-feira.
Sob os termos da nova proposta, a Brookfield deverá oferecer à Cemig e sua controlada Light 11,25 reais por Unit da Renova, disseram as fontes, que falaram sob anonimato porque as conversas são privadas.
Cada Unit da Renova é composta por uma ação ordinária e duas preferenciais.
A Reuters publicou em 7 de julho que a Brookfield apresentou uma oferta original que avaliou a Renova a 9 reais por Unit. Cemig e Light possuem 64,6 por cento das ações com direito a voto da Renova.
A Brookfield recusou-se a comentar. Cemig e Light não comentaram imediatamente a proposta.
A Brookfield teria que desembolsar cerca de 1 bilhão de reais para ganhar o controle da Renova com a nova proposta, disseram as fontes. A Brookfield também pode injetar outros 800 milhões de reais adicionais na Renova ou fechar o capital da companhia.
A Renova tem enfrentado uma forte crise financeira nos últimos anos. As condições da companhia, criada em 2001, se deterioraram significativamente após o fracasso de uma parceria com a norte-americana SunEdison, que posteriormente entrou com pedido de proteção judicial contra credores nos Estados Unidos.
A saída da Renova poderia permitir à Cemig negociar mais rapidamente um reperfilamento de quase 4 bilhões de reais em dívidas que vencem neste ano.
O diretor financeiro da Cemig, Adézio Lima, disse em agosto que a venda da Renova deveria ser fechada em até 60 dias.