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Brasil vai pedir mais apoio para Amazônia na COP26, diz ministro

O ministro de Relações Exteriores disse que é possível proteger a Amazônia e, ao mesmo tempo, manter o status de potência agrícola

Ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Leopoldo Silva/Agência Senado/Flickr)
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Bloomberg

Publicado em 6 de outubro de 2021 às 13h40.

Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 13h16.

O Brasil vai buscar mais apoio para proteger a Floresta Amazônica durante a próxima cúpula do clima na Escócia, com a oferta de promessas mais ambiciosas para a redução das emissões de carbono, disse o ministro de Relações Exteriores, Carlos França.

Em entrevista em Paris na quarta-feira, França disse que o Brasil tem “disciplina fiscal e um teto de gastos” para as contas públicas, e isso remete a outra questão: “Como o mundo pode ajudar o Brasil?”, perguntou, acrescentando que a cooperação com outros países pode ser melhorada.

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A Amazônia contém uma em cada dez espécies conhecidas do planeta e funciona como sumidouro de cerca de 90 bilhões a 140 bilhões de toneladas de carbono, de acordo com o World Wildlife Fund. Em meio ao aumento dos incêndios e desmatamento ilegal, o governo do presidente Jair Bolsonaro está sob pressão para controlar a destruição.

França disse que é possível proteger a Amazônia e, ao mesmo tempo, manter o status de potência agrícola e que o país planeja ser “mais ambicioso”. O governo quer reduzir o desmatamento ilegal até 2030 e buscar a neutralidade de carbono até 2050, uma década antes do planejado, disse.

“Se pudermos conseguir ajuda do exterior, de empresas privadas, claro que poderíamos ir mais rápido e cumprir essas metas mais rápido do que esperávamos em vez de apenas contarmos com recursos do orçamento que são obviamente escassos”, disse o ministro. Ele citou o “Programa de Crescimento Verde”, que terá como objetivo promover investimentos favoráveis ao meio ambiente.

Brigadista no combate chamas em Rio Branco, no Acre (Foto: Sérgio Vale/Amazônia Real/20/08/2020) (Sérgio Vale/Amazônia Real/Divulgação)

Os comentários do ministro podem ser recebidos com ceticismo devido ao histórico de Bolsonaro, que tem defendido a abertura da Amazônia à mineração e agricultura, questionou a mudança climática e entrou em confronto com o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre questões climáticas.

Cerca de 200 participantes se reunirão em Glasgow de 31 de outubro a 12 de novembro para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, conhecida como COP26. A meta é que os países cheguem a um consenso sobre como podem trabalhar juntos para reduzir as emissões e promover a adaptação ao clima, com objetivo de reduzir custos e acelerar o progresso.

 

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