Brasil se rende ao encanto do gim, e quem sai ganhando é a Diageo
As vendas da bebida à base de cereais da Tanqueray cresceram dois dígitos na América Latina e Caribe, puxando para cima os resultados da fabricante
Natália Flach
Publicado em 25 de julho de 2019 às 14h03.
Última atualização em 29 de julho de 2019 às 20h15.
São Paulo - Por anos, a caipirinha reinou sozinha como opção à cerveja no cardápio de bares e restaurantes. Mas, aos poucos, outras bebidas acabaram caindo no gosto dos brasileiros. É o caso do gim . Com mais apreciadores da bebida à base de cereais no país, as vendas da marcaTanqueray cresceram dois dígitos de julho de 2018 a julho de 2019, puxando para cima os números da fabricante Diageo , que também éproprietária das marcas Johnnie Walker , Ypióca e Smirnoff .
"O resultado é fruto das ativações comerciais em grande escala e de uma estratégia de marketing ativa da Tanqueray", diz Gregorio Gutiérrez, presidente da Diageo para Paraguai, Uruguai e Brasil, em nota.
No mundo, as vendas do gim (de todas as marcas) cresceram 18%, de acordo com a consultoria especializada no setor de bebidas IWSR — já as vendas da Tanqueray avançaram 20%. Os destaques ficaram por conta do Reino Unido que teve um salto de 32,5% no consumo e das Filipinas (maior mercado de gim do mundo) que registrou crescimento de 8%.
A expectativa é que o Brasil tenha um avanço de 27,5% no consumo de gim nos próximos cinco anos, segundo a IWSR, especialmente por causa do drink feito à base de gim e tônica.
Quem sai ganhando com esse novo mercado é a Diageo, que reportou no último ano fiscal um crescimento de 11% no Brasil. Esse percentual supera o das vendas da companhia no mundo, que subiram 6,1%, para 12,9 bilhões de libras, com lucro operacional de 4 bilhões de libras.“Estamos apresentando resultados consistentes e sustentáveis em relação à nossa estratégia, com grandes resultados em todos os mercados, categorias e marcas”, conta Ivan Menezes, CEO global da Diageo, também em nota.