Bradesco pagará R$111 mi a fundos de pensão e agência após acordo
Valor corresponde ao montante atualizado do que foi investido no Fundo de Investimento em Participações (FIP) Enseada, entre 2010 e 2017
Reuters
Publicado em 19 de dezembro de 2017 às 11h20.
São Paulo - O Bradesco firmou acordo de reparação com o Ministério Público Federal em Brasília no âmbito da Operação Greenfield, no qual se comprometeu a pagar 111 milhões de reais aos fundos de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras, e Funcef, Caixa Econômica Federal, e à Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam).
Em comunicado nesta terça-feira, o MPF informou que o valor corresponde ao montante atualizado do que foi investido no Fundo de Investimento em Participações (FIP) Enseada, entre 2010 e 2017. O acordo de reparação do Bradesco foi homologado pela 10ª Vara Federal da Seção Judiciária no dia 14 de dezembro de 2017.
Além do pagamento, o Bradesco ainda assumiu o compromisso de comparecer perante a Força-Tarefa Greenfield e a Polícia Federal para prestar esclarecimentos sempre que necessário, além de orientar diretores e funcionários a fazer o mesmo e conduzir investigação interna independente, segundo o MPF.
A operação Greenfield foi lançada em setembro do ano passado e envolveu uma série de empresas e gestores de fundos de investimento. O objetivo foi investigar suspeita de fraude nos fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Petros, Postalis (Correios) e Funcef.
No caso do Bradesco, a operação citou a corretora BEM e a gestora de ativos BRAM, por terem "no passado, exercido a administração e gestão do fundo de investimento Enseada".
Segundo o MPF, o acordo de reparação firmado pelo banco "não se confunde com acordo de leniência ou colaboração premiada, não implicando e nem afastando qualquer responsabilidade criminal ou administrativa por parte dos signatários".