Por Claudia Violante

São Paulo - Depois de 'pular' a segunda-feira em razão do feriado na cidade de São Paulo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu a última semana do mês em baixa, perfazendo o quarto pregão seguido no negativo. O tombo do índice Bovespa (Ibovespa) hoje ameaçava ser bem forte - superou os 2% no pior momento do dia -, mas a melhora das Bolsas norte-americanas após um indicador acima das previsões amenizou um pouco as perdas.

O Ibovespa terminou, assim, em baixa de 1,05%, aos 65.523,73 pontos, acumulando recuo de 6,27% nestas quatro sessões no negativo. No mês, registra queda de 4,47%. Na mínima do dia, o Ibovespa tocou os 64.719 pontos (-2,27%) e, na máxima, os 66.213 pontos (-0,01%). O giro financeiro totalizou R$ 6,47 bilhões, segundo dados preliminares.

A Bovespa está sentindo principalmente a decisão do governo da China de conter a oferta de crédito no país. Hoje, segundo fontes, diversos bancos do país determinaram a suas agências que suspendam a concessão de recursos até o final do mês. Isso impacta o mercado de matérias-primas (commodities), no qual a Bovespa tem sua principal base. Os preços dos metais não fecharam em trajetória única e o petróleo caiu 0,73% em Nova York, para US$ 74,71 o barril no contrato futuro com vencimento em março. Petrobras ON caiu 1,79% para R$ 37,84, Petrobras PN perdeu 2,45% para R$ 33,90, Vale ON recuou 2,01% para R$ 49,49 e Vale PNA desvalorizou 2,63% para R$ 42,60.

O que amenizou as perdas da Bovespa foi o índice de confiança do consumidor dos EUA medido pelo Conference Board, que avançou para 55,9 em janeiro, ante previsão de aumento para 54. As bolsas, lá, viraram para cima depois de uma abertura negativa e subiam. Às 18h29, o Dow Jones ganhava 0,24%, o S&P cedia 0,05% e o Nasdaq tinha alta de 0,01%.