Exame Logo

Bombardier aposta em grandes encomendas do novo jato CSeries

A canadense Bombardier pretende conquistar um novo nicho no impiedoso mercado de aviação com um jato de médio alcance e consumo eficiente de combustível

A família de aviões CSeries da Bombardier, de corredor único, foi concebida para preencher uma lacuna no mercado de aviação comercial (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 12h32.

Toronto - A canadense Bombardier pretende conquistar um novo nicho no impiedoso mercado de aviação com um jato de médio alcance e consumo eficiente de combustível, mas o novo avião CSeries precisa de uma avalanche de encomendas para desviar de rivais maiores.

A família de aviões CSeries da Bombardier, de corredor único, foi concebida para preencher uma lacuna no mercado de aviação comercial. Sua estrutura é de compósito de carbono como a do o 787 Dreamliner da Boeing e seus motores da Pratt & Whitney têm baixo consumo de combustível.

Mas há dois grandes desafios: convencer o mercado de que há espaço para um avião posicionado a meio caminho entre jatos comerciais regionais e aviões maiores e convencer os clientes a abandonar as grandes aeronaves.

"Você está entrando numa competição duríssima e se você tiver o balanço financeiro para passar por isso, e arrancar uma posição no mercado, há algo aqui", disse o vice-presidente da consultoria de aviação Teal Group, Richard Aboulafia.

"Se você não conseguir isso, então você está pulando dentro de um vulcão com uma montanha de dinheiro." A Bombardier --rival histórica da brasileira Embraer no mercado de aviões regionais-- investiu 3,4 bilhões de dólares para criar o CSeries, que tem modelos entre 110 e 130 assentos, além de uma versão que pode acomodar até 160 passageiros.

A empresa espera 300 pedidos firmes no valor de 19 bilhões de dólares até o momento em que o avião começar a voar comercialmente em meados de 2014, contra 177 encomendas no momento.

A Paris Air Show, maior feira de aviação mundial que acontece na semana que vem, oferece uma chance de impulsionar as vendas, embora o avião não esteja em exibição.

O voo inaugural do CSeries não ocorrerá até o fim de junho, após um atraso de seis meses que a Bombardier atribuiu a questões de fornecedores.

A Bombardier insiste que o CSeries agora está dentro do prazo previsto. "Estou muito confortável com o primeiro voo, e estou muito confortável com a entrada em serviço (da aeronave)", disse o presidente da divisão de aviões comerciais da fabricante, Mike Arcamone.


A Airbus e a Boeing dominam o mercado dos grandes jatos comerciais, e irão defender seus territórios com descontos e modelos renovados de seus campeões de vendas, o A320 e o 737, respectivamente. A Embraer, enquanto isso, lidera as vendas de aviões regionais menores.

A Embraer tinha no fim de março, dado mais recente disponível, 142 encomendas firmes para o seu avião Embraer 195, com 110 a 120 assentos, e 556 pedidos a entregar para o Embraer 190, com de 100 a 110 assentos.

A Boeing e a Airbus venderam 3.449 de seus aviões para cerca de 150 passageiros, embora apenas uma pequena parte das vendas seja de modelos menores que competem diretamente com o CSeries.

Esse é um sinal de que a Bombardier encontrou um nicho promissor, ou de que o mercado simplesmente quer aviões de tamanhos diferentes do oferecidos pela fabricante canadense.

Veja também

Toronto - A canadense Bombardier pretende conquistar um novo nicho no impiedoso mercado de aviação com um jato de médio alcance e consumo eficiente de combustível, mas o novo avião CSeries precisa de uma avalanche de encomendas para desviar de rivais maiores.

A família de aviões CSeries da Bombardier, de corredor único, foi concebida para preencher uma lacuna no mercado de aviação comercial. Sua estrutura é de compósito de carbono como a do o 787 Dreamliner da Boeing e seus motores da Pratt & Whitney têm baixo consumo de combustível.

Mas há dois grandes desafios: convencer o mercado de que há espaço para um avião posicionado a meio caminho entre jatos comerciais regionais e aviões maiores e convencer os clientes a abandonar as grandes aeronaves.

"Você está entrando numa competição duríssima e se você tiver o balanço financeiro para passar por isso, e arrancar uma posição no mercado, há algo aqui", disse o vice-presidente da consultoria de aviação Teal Group, Richard Aboulafia.

"Se você não conseguir isso, então você está pulando dentro de um vulcão com uma montanha de dinheiro." A Bombardier --rival histórica da brasileira Embraer no mercado de aviões regionais-- investiu 3,4 bilhões de dólares para criar o CSeries, que tem modelos entre 110 e 130 assentos, além de uma versão que pode acomodar até 160 passageiros.

A empresa espera 300 pedidos firmes no valor de 19 bilhões de dólares até o momento em que o avião começar a voar comercialmente em meados de 2014, contra 177 encomendas no momento.

A Paris Air Show, maior feira de aviação mundial que acontece na semana que vem, oferece uma chance de impulsionar as vendas, embora o avião não esteja em exibição.

O voo inaugural do CSeries não ocorrerá até o fim de junho, após um atraso de seis meses que a Bombardier atribuiu a questões de fornecedores.

A Bombardier insiste que o CSeries agora está dentro do prazo previsto. "Estou muito confortável com o primeiro voo, e estou muito confortável com a entrada em serviço (da aeronave)", disse o presidente da divisão de aviões comerciais da fabricante, Mike Arcamone.


A Airbus e a Boeing dominam o mercado dos grandes jatos comerciais, e irão defender seus territórios com descontos e modelos renovados de seus campeões de vendas, o A320 e o 737, respectivamente. A Embraer, enquanto isso, lidera as vendas de aviões regionais menores.

A Embraer tinha no fim de março, dado mais recente disponível, 142 encomendas firmes para o seu avião Embraer 195, com 110 a 120 assentos, e 556 pedidos a entregar para o Embraer 190, com de 100 a 110 assentos.

A Boeing e a Airbus venderam 3.449 de seus aviões para cerca de 150 passageiros, embora apenas uma pequena parte das vendas seja de modelos menores que competem diretamente com o CSeries.

Esse é um sinal de que a Bombardier encontrou um nicho promissor, ou de que o mercado simplesmente quer aviões de tamanhos diferentes do oferecidos pela fabricante canadense.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoAviõesBombardierCanadáEmpresasPaíses ricosSetor de transporteTransportesVeículos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame