Bolsa fecha em queda com realização de lucros após recorde
O Ibovespa caiu 0,3 por cento, atingindo a 98.604,67 pontos; o volume financeiro somava 12,4 bilhões de reais
Reuters
Publicado em 14 de março de 2019 às 17h28.
Última atualização em 14 de março de 2019 às 17h51.
São Paulo — A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em queda nesta quinta-feira, um dia depois de renovar máximas históricas, com o cenário externo menos favorável a risco abrindo espaço para movimentos de realização de lucros.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,3 por cento, a 98.604,67 pontos. O volume financeiro somou 12,4 bilhões de reais.
Na véspera, o Ibovespa tinha avançado 1,1 por cento, a 98.903,88 pontos, tendo alcançado 99.267,22 pontos na máxima da sessão, renovando tanto recorde para fechamento como intradia.
No exterior, dados fracos sobre a economia chinesa corroboraram receios sobre o ritmo do crescimento global, enquanto o parlamento britânico apoiou proposta do governo para buscar um adiamento da data do Brexit.
Wall Street fechou com pequenas variações, tendo no radar notícias de que uma reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, não acontecerá em março, como previsto.
Do cenário doméstico, foi dado o primeiro passo para a tramitação da reforma da Previdência, com a instalação da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, primeiro colegiado em que a proposta será avaliada.
Agentes de mercado, contudo, citaram que tal evento já estava no preço, embora corrobore perspectivas de avanço na pauta de reformas no país.
"Continuo vendo o cronograma da reforma da previdência como dentro do esperado. A situação me parece caminhar de forma fluida e positiva", afirmou o estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos, em nota a clientes.
O Ibovespa ficou a 1,4 por cento do ansiado patamar de 100 mil pontos, que estrategistas esperam ser ultrapassado em 2019 com o avanço na pauta econômica do novo governo.
Destaques
- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 1,58 por cento, maior peso negativo, quebrando uma sequência de seis altas, em que acumulou valorização de mais de 7 por cento. BRADESCO PN subiu 0,22 por cento, descolado do setor, enquanto o BANCO DO BRASIL cedeu 0,76 por cento e SANTANDER BRASIL recuou 1,15 por cento.
- PETROBRAS PN subiu 0,32 por cento, mas PETROBRAS ON avançou 1,13 por cento, em sessão com desempenho misto dos contratos futuros de petróleo no exterior, enquanto o HSBC elevou a recomendação dos papéis para 'compra', com preço-alvo de 32 reais, citando aumento da lucratividade e catalisadores de curto prazo.
- GOL cedeu 2,3 por cento, com a valorização do dólar frente ao real abrindo espaço para correção nos papéis, que acumulavam em 2019 alta de mais de 9 por cento até a véspera. De pano de fundo, a rival AZUL divulgou balanço, com previsões consideradas positivas no mercado. A ação, que não está no Ibovespa, subiu 1,93 por cento.
- USIMINAS PNA fechou em alta de 3,37 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa. Reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo traz que a rival CSN pediu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a prorrogação do prazo para a venda de suas ações da Usiminas.