Boeing 737 MAX voltará a voar no fim do ano, depois de 2 acidentes fatais
American Airlines anuncia plano de retomada com modelo da fabricante americana que está sem permissão para voar desde março de 2019
Marcelo Sakate
Publicado em 18 de outubro de 2020 às 16h18.
Última atualização em 18 de outubro de 2020 às 16h20.
A American Airlines planeja retomar o uso de jatos Boeing 737 MAX em voos de passageiros até o fim deste ano, a depender da certificação da aeronave pela agência federal de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês), informou a companhia neste domingo, 18.
A companhia aérea disse que operará um voo diário 737 MAX entre Miami e Nova York de 29 de dezembro a 4 de janeiro de 2021, com voos disponíveis para reserva a partir de 24 de outubro.
Cerca de 400 unidades desse modelo da Boeing estão no solo, impedidos de voar por autoridades de todo o mundo, desde março de 2019, depois do segundo acidente fatal em um intervalo de seis meses. Ao todo, 346 pessoas morreram nos dois acidentes.
"Continuamos em contato com a FAA e a Boeing sobre o processo de certificação e continuaremos atualizando nossos planos com base na data de certificação da aeronave", disse a empresa em comunicado.
Neste domingo, a FAA reiterou em comunicado que não tem prazo para aprovar o retorno da aeronave ao serviço e disse que "suspenderá a ordem de manter os aviões em solo somente depois que os especialistas em segurança da FAA estiverem satisfeitos com a conclusão de que a aeronave atende aos padrões de certificação."
A FAA esperava reverter sua ordem de suspensão em meados de novembro, disseram à Reuters anteriormente fontes informadas sobre o assunto.
A American Airlines disse que avisará aos clientes que estão voando em um 737 MAX.
A FAA no início de outubro emitiu relatório preliminar sobre os procedimentos de treinamento revisados para o MAX, que está aberto para comentários públicos até 2 de novembro.