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BNDES vai apoiar criação de multinacionais brasileiras

A crise mundial criou uma oportunidade de acelerar um processo considerado estratégico pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): a criação de multinacionais brasileiras. Com a desvalorização de vários ativos nas economias centrais, o banco se prepara para apoiar empresas nacionais que queiram aproveitar o cenário favorável para comprar concorrentes de outros países. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

A crise mundial criou uma oportunidade de acelerar um processo considerado estratégico pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): a criação de multinacionais brasileiras. Com a desvalorização de vários ativos nas economias centrais, o banco se prepara para apoiar empresas nacionais que queiram aproveitar o cenário favorável para comprar concorrentes de outros países. O BNDES planeja gerar mais ativos no exterior para aumentar as chances das brasileiras nas compras externas.

"Estamos na doce situação de daqui a pouco sermos chamados a criar as multinacionais brasileiras. Já temos alguns líderes mundiais e essa é uma tendência que vai se aprofundar. Os mecanismos do BNDES já permitem algum apoio, mas talvez não seja suficiente na escala que se imagina", disse Foldes, referindo-se à linha de internacionalização, criada em 2005, que já viabilizou negócios de grupos como AmBev e Andrade Gutierrez com R$ 8 bilhões, em países como Argentina, Alemanha, EUA e Índia. Em uma das operações mais emblemáticas, o banco ficou com ações da JBS Friboi para apoiá-la na aquisição da americana Swift. O grupo se tornou uma das líderes mundiais em carnes.

No entanto, o BNDES quer fazer mais. Foldes indica que a diretriz é oferecer no exterior o mesmo apoio para investimentos que o banco tem ampliado no Brasil. Além do crédito, o banco poderá usar instrumentos como a aquisição de participações acionárias e papéis de empresas brasileiras emitidos no exterior, que seriam integrados a seus ativos externos. Além disso, captações internacionais, como a de US$ 1 bilhão realizada este mês, deverão ser feitas diretamente no exterior. "Para apoiar as empresas brasileiras, o BNDES pode ter de gerar ativos no exterior", disse Foldes, sem detalhá-los. Segundo ele, a preparação dos mecanismos ainda é "um trabalho em gestação."

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