Equidade Racial é fundamental em empresas com base ESG (FG Trade/Getty Images)
Marina Filippe
Publicado em 21 de setembro de 2020 às 13h42.
Última atualização em 21 de setembro de 2020 às 13h43.
Larry Fink, presidente da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, frequentemente fala sobre a importância do propósito e da gestão de pessoas para o sucesso dos negócios. Na última quinta-feira, sua fala em uma palestra online chamou a atenção quando admitiu o longo caminho a se percorrer para resolver a falta de diversidade na sua empresa.
“A BlackRock deve ser um espelho da sociedade em que trabalhamos e precisamos fazer mais”, disse ele, segundo o Business Insider.
Para isso, a empresa estabeleceu metas de diversidade: mulheres devem ser 30% da liderança sênior até o final do ano; dobrando o número de funcionários negros na liderança sênior até 2024; e aumentando o total de funcionários negros em 30% até 2024. Atualmente, negros representam apenas 5% dos funcionários nos Estados Unidos, e 3% nos cargos de liderança.
No LinkedIn Fink disse que os analistas de verão e trainees do último programa foram os mais diversos até então, com 38% se identificando como negro ou latino.
As afirmações de Fink e a divulgação das metas acontecem em um momento no qual muitas empresas passaram a afirmar práticas mais inclusivas. No Brasil, por exemplo, a Bayer e o Magazine Luiza anunciaram vagas exclusivas para negros em seus programas de trainee. O Magazine Luiza está, inclusive, entre os assuntos mais comentados nas redes sociais por internautas que se dividem entre críticos e apoiadores.
A diversidade, além de um valor cultural nas organizações, gera impacto financeiro positivo como aponta pesquisas. A consultoria McKinsey revela que na América Latina empresas com diversidade de gênero têm impacto na margem Ebit até 93% melhor quando comparada com a média da respectiva indústria, para a diversidade étnico-racial a diferença é de 24%.