Black Friday: pequenas e médias empresas já movimentaram 77 milhões de reais durante a Black Friday 2023 (Europa Press News/Getty Images)
Repórter de Negócios
Publicado em 24 de novembro de 2023 às 16h50.
Última atualização em 24 de novembro de 2023 às 17h09.
Ainda há algumas horas de Black Friday pela frente, mas os primeiros dados preliminares apontam um movimento curioso: o forte mesmo parece que será a quinta-feira, e não a sexta - o dia da semana que estampa o nome da data promocional.
O fim da noite de quinta-feira e a madrugada de sexta-feira registraram alta nas vendas. O pico foi à meia-noite, quando houve 20% mais de vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Mas a sexta, mesmo, registrou uma queda. Levantamento da NielsenIQ Ebit, líder de informações e insights sobre o comércio eletrônico no Brasil mostra que as vendas registram queda de 16,7% no acumulado de doze horas até o meio-dia desta sexta-feira na comparação com igual período de 2022.
As lives, as ações promocionais e um engajamento acelerado na noite de quinta-feira fizeram com que a promoção, praticamente, tivesse um novo nome, Black Thursday: entre meio-dia e às 23h59 do dia 23/11, as vendas tiveram crescimento de 6,4% na comparação com 2022, para atingir um pico de alta à meia noite de sexta de 19,8% sobre o ano passado. A partir das 2 horas da manhã de hoje, 24 de novembro, porém, a demanda retomou a tendência de retração.
“É importante salientar que os dados preliminares de início da Black Friday nesta manhã de sexta-feira estão em consonância com o que observamos em nossa pesquisa de intenção de compras”, diz o executivo responsável por e-commerce da NielsenIQ Ebit, Marcelo Osanai. "Além disso, vale ressaltar que o sábado e domingo representam ainda períodos de oportunidade. É um momento de o mercado otimizar a resposta dinâmica aos anseios do consumidor para potencializar os resultados", acrescentou.
A categoria de Perfumaria e Cosméticos saiu na frente no crescimento de vendas em relação ao ano anterior. Durante a quinta-feira da Black Friday (23/11), a categoria atingiu um índice notável de 30% de crescimento sobre 2022. Por outro lado, a categoria de eletrodomésticos teve uma retração de 16,2%.
“Essa última análise reflete as nuances dinâmicas do cenário pré-Black Friday no e-commerce”, afirma o gerente de Customer Success da NielsenIQ Ebit, Luiz F. Davison. “Telefonia e Eletrônicos também continuam desafiadores e temos estabilidade de alimentos e bebidas”.
As pequenas e médias empresas já movimentaram 77 milhões de reais durante a Black Friday 2023, se considerar as vendas de terça até sexta às 12h. O número indica um crescimento de 26% em comparação a 2022. Até o momento, já foram vendidos 1,1 milhão de produtos no período, com um ticket médio de R$ 265. O levantamento é da Nuvemshop, plataforma para criação de lojas virtuais.
“Neste ano, os lojistas se prepararam com mais antecedência, realizando campanhas com promoções desde o começo de novembro, o que atingiu um número maior de clientes e permitiu uma melhor organização para a Black Friday”, diz Luiz Figueira, Diretor Geral de Plataforma da Nuvemshop.
Dentre os estados que mais estão faturando nesse início da semana da Black Friday estão:
Já sobre os meios de pagamento, os destaques são:
E os segmentos com maior faturamento são:
O varejo online brasileiro deixou de faturar R$ 7,6 milhões nas primeiras 12 horas da Black Friday deste ano com sites fora do ar. Esse número significa que os e-commerces analisados pelo estudo anual da Sofist boutique de serviços profissionais em engenharia de qualidade, estão encarando, até o momento, uma perda 52,5% maior que na Black Friday de 2022.
O monitoramento teve início oficial às 22h do dia 23 de novembro. A empresa coletou dados referentes à lentidão e instabilidade, com o objetivo de revelar quantos sites disponibilizaram uma experiência de uso ruim.
Confira estratégias das empresas neste ano: