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Birman, da Arezzo&Co: compra da Baw seguirá passos da Reserva

Marca queridinha dos jovens descolados, Baw Clothing deve faturar 80 milhões de reais neste ano já dentro da Arezzo&Co. Alexandre Birman, presidente do grupo, detalha estratégia

Arezzo&Co compra Baw Clothing  (Baw/Divulgação)

Arezzo&Co compra Baw Clothing (Baw/Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 11 de junho de 2021 às 11h10.

A Arezzo&Co anunciou a compra da marca de vestuário streetwear Baw Clothing. A aquisição de 100% da empresa por 105 milhões de reais visa ampliar o portfólio da Arezzo&Co de forma a complementar as ocasiões de consumo. A transação é um marco no braço de lifestyle e vestuário, liderado por Rony Meisler, fundador da Reserva.

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"A Baw tem um posicionamento sólido, público fiel e enorme potencial de expansão. A marca já competia em awrness com gigantes como Nike e Vans e dobra de faturamento ano após ano. Temos certeza de que este é um bom negócio para também ampliarmos o portfólio e trabalhamos como temos feito com Vans e Reserva", diz Alexandre Birman, presidente da Arezzo.

Lançada em 2016 pelos irmãos paulistanos Bruno e Lucas Karra, a marca nativa digital tem clientes de 18 a 34 anos, sendo 70% mulheres. A marca se propõe a fazer roupas com modelagens sem gênero, que sirva para o público masculino e feminino.

As peças têm com cores vivas e estampas que vão desde a marca no centro da camisa no estilo Supreme ou mais ousadas, como camisas com estampas de abacate ou com o rosto do ator Will Smith em Um Maluco no Pedaço. "Baw vem de Black And White e mostra como é uma marca para todas as ocasiões, democrática e ao mesmo tempo de desejo", diz Birman.

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A empresa que faturou 40 milhões reais no ano passado e deve fechar este ano com 80 milhões de reais. A Arezzo&Co está comprando 100% da Baw Clothing, mas continua com a expertise dos sócios Bruno e Lucas Karra, Celso Ribeiro e Fernando Frizzatti .

Na negociação, 35 milhões de reais é pago em dinheiro, 50 milhões de reais em ações com um lockup de quatro anos, e 20 milhões de reais em cinco anos. A transação ainda conta um earnout de 10 milhões de reais a partir da receita e margem bruta para este ano.

Antes de aposta na compra da Baw, o grupo Arezzo já testava a venda dos produtos no e-commerce ZZMall. Agora, com a aquisição, é esperado crescimento no volume, novos tipos de produtos, como calçados a partir de setembro, e três lojas ainda este ano.

Isto será possível porque a Baw passa a contar com todo o sistema da Arezzo&Co, do desenvolvimento a entrega, passando pelo novo centro de distribuição no Rio de Janeiro. "Estamos organizando essa expansão com produtos diferenciados, fortalecimento do digital e aberta de lojas em locais não convencionais", afirma Birman.

"É importante lembrar também que esta é uma marca de desejo, que tem peças limitadas, lançamentos constantes e que pode chegar até 30 lojas nos próximos anos, mas não passar muito disto porque trabalha com o conceito de exclusividade, não é para todos". A marca também pode seguir os passos da Reserva e trabalhar com customização e demanda. Atualmente, 160 mil camisetas da Reserva são customizadas por mês.

Força de marca

A Baw Clothing ganhou fama também com um rol de influenciadores de peso, como a apresentadora Maisa, o comediante Whindersson Nunes e a ex-BBB Camilla de Lucas. Quem está por trás dessa estratégia é Celso Ribeiro, sócio da Baw e fundador da BR Media, empresa de agenciamento de influenciadores.

"Me recordo do dia que estávamos anunciando a contratação da Marina Ruy Barbosa como como diretora de moda do ZZMall. Vi ela negociando publicidade para a Baw abaixo do valor que costuma cobrar porque sabia que era uma marca que faria muito bem a ela", diz Birman.

Outra estratégia é o lançamento de coleções com marcas como Bauducco e C&A. "Essas coleções são limitadas e servem bem como teste. Um exemplo é o tênis que estamos comercializando em parceria com a C&A. E isto deve continuar".

 

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