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BC monitora remessas da Parmalat

O Banco Central iniciou hoje o monitoramento de todas as remessas internacionais de dinheiro realizadas pelas empresas brasileiras do grupo Parmalat nos últimos 12 meses. A informação foi dada ao Portal Exame pelo juiz Carlos Henrique Abrão, da 42a Vara Cível de São Paulo. O levantamento do Banco Central complementará o trabalho do comitê designado […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O Banco Central iniciou hoje o monitoramento de todas as remessas internacionais de dinheiro realizadas pelas empresas brasileiras do grupo Parmalat nos últimos 12 meses. A informação foi dada ao Portal Exame pelo juiz Carlos Henrique Abrão, da 42a Vara Cível de São Paulo.

O levantamento do Banco Central complementará o trabalho do comitê designado pela Justiça paulista para supervisionar as atividades da subsidiária brasileira da Parmalat. A decisão judicial foi tomada a partir da ação cautelar movida pelo banco Sumitomo, para o qual a subsidiária brasileira Parmalat deve 10 milhões de dólares.

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Nesta terça-feira (20/1) pela manhã, os três profissionais nomeados por Abrão reuniram-se com advogados da Parmalat. De acordo com o juiz, a fiscalização do comitê abrangerá todas as empresas do grupo italiano estabelecidas no país, não só o braço industrial da companhia, a Parmalat Brasil S.A. Indústria de Alimentos.

Segundo Abrão, o comitê não terá ingerência alguma nas atividades operacionais da subsidiária brasileira da Parmalat. O objetivo é evitar que a empresa mature créditos e os envie para a matriz ou a paraísos fiscais , afirma Abrão. Queremos salvaguardar a situação dos funcionários, credores e do fisco.

Ainda segundo Abrão, as atividades do comitê e fiscalização não apresentam riscos de engessar a empresa no que se refere à operação industrial. A administração compartilhada resume-se ao impedimento, seja a que título for, de remessas de capital, bem ou patrimônio, além de qualquer alienação, exceto se a destinação compreender a própria atividade industrial , diz Abrão.

Dinheiro liberado
Nesta segunda-feira (19/1), a Parmalat conseguiu na Justiça liminar que libera cerca de 7 milhões de reais retidos pelo Banco do Brasil. O banco havia retido o dinheiro para garantir os juros de um empréstimo feito à Parmalat há cerca de um ano.

De acordo com Afonso Champi, gerente de comunicação da empresa, o dinheiro liberado pelo Banco do Brasil será usado para o pagamento de cinco cooperativas do noroeste fluminense e alguns outros credores da empresa. O pagamento das cooperativas deve ser feito amanhã, em razão do feriado desta terça-feira no Rio de Janeiro.

Segundo Champi, ainda não há previsão para o pagamento de 6 milhões de reais aos produtores de leite de Goiás. A maior parte dessa dívida, vencida em 16 de janeiro, refere-se ao atraso com produtores diretos. A Parmalat havia estabelecido que, em seu plano de gestão de caixa, esse tipo de fornecedor teria prioridade nos pagamentos.

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