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Barnes & Noble’s e Amazon: a crise das livrarias vai ter fim?

Maior rede de livrarias dos EUA divulga resultados nesta quinta-feira, em busca de caminhos para voltar a crescer

Barnes & Noble’s: livraria vem sofrendo com crise no mercado editoral (Joe Raedle/Getty Images)

Barnes & Noble’s: livraria vem sofrendo com crise no mercado editoral (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2019 às 06h22.

Última atualização em 7 de março de 2019 às 07h07.

A quinta-feira trará mais uma chance para avaliar se as livrarias vão conseguir se safar da crise: a Barnes & Noble’s, maior rede de livrarias dos Estados Unidos, divulga seus resultados ao meio-dia (horário de Brasília).

A Barnes sofre com a crise geral no setor de livros, e as vendas estão em queda há seis anos seguidos. As vendas fecharam 2018 em 3,7 bilhões de dólares, menor valor desde 2009, e a empresa apresentou prejuízo de 125 milhões de dólares.

Mesmo tentando se reinventar com e-books e vendas online, as livrarias sofrem com a concorrência de smartphones e conteúdos na internet e com a varejista Amazon, que controla mais de 70% do e-commerce de livros nos EUA. As vendas da Amazon cresceram 14% no último trimestre, com um gigantismo que a permite oferecer preços mais baixos.

Para concorrer na internet, a Barnes tem o Nook, um leitor digital que concorre com o Kindle da Amazon. Mas sua loja digital, a Nook Store, só responde por 3% das vendas da empresa.

Uma aposta para sobreviver é usar as lojas físicas para oferecer uma experiência de leitura: em um comercial veiculado na TV em janeiro, a Barnes incentiva os clientes a irem até as lojas e procurarem os vendedores, com o mote “Ninguém conhece livros como nós”.

No Brasil, as livrarias enfrentam problemas parecidos: Saraiva e Cultura, que juntas controlam quase metade do mercado nacional, anunciaram recuperação judicial nos últimos dois anos e já fecharam dezenas de lojas.

Na Barnes, há desde o ano passado rumores de uma possível venda, e a empresa montou um comitê para avaliar os compradores interessados. Um deles é o próprio fundador e atual presidente do conselho, Leonard Riggio, que fundou a rede em 1965 e a vendeu em 1971. A varejista britânica W H Smith também mostrou interesse.

Um agravante para a rede americana é que os resultados da empresa vão mal mesmo com a economia crescendo forte há anos. Outro: a Amazon, maior livraria online do mundo, reiterou ontem que continuará investindo na abertura de livrarias físicas. Ou seja: há um caminho para a sobrevivência das boas e velhas livrarias. Falta a Barnes achar o seu.

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