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Balança comercial de têxteis tem déficit de US$ 14,4 milhões

Para associação de empresas têxteis e de confecções, déficit se deve aos efeitos do câmbio valorizado

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

O setor têxtil no Brasil sofre um revés no saldo das exportações e importações neste ano. Dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) durante o Fashion Rio revelam que, de janeiro a maio de 2006, o superávit foi de 16,9 milhões de dólares, resultado bem abaixo dos 190,9 milhões registrados no mesmo período do ano passado. A queda no saldo comercial do setor no período é de 91,14%.

No mês de maio, a balança comercial do setor apresentou déficit de 14,4 milhões de dólares. As exportações de maio somaram 148,2 milhões dólares, queda de 11,5 milhões em relação a maio de 2005. No mesmo mês, as importações chegaram a 162,6 milhões de dólares, um incremento de 37,3 milhões sobre maio do ano passado. Este é o segundo déficit comercial mensal do setor neste ano. O primeiro, de 10 milhões de dólares, ocorreu em março.

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"Se o panorama que vigorou até agora não mudar, o país poderá registrar em 2006 o primeiro déficit comercial desde 2000", diz o diretor-superintendente da Abit, Fernando Pimentel. Em 2000, foi registrado o último déficit anual da balança comercial do setor, de 384 milhões de dólares. Investimentos das empresas em modernização tecnológica desde então aumentaram a competitividade e garantiram superávits.

Segundo Pimentel, os números atuais refletem os efeitos do câmbio valorizado, que prejudica as exportações e favorece as importações. O diretor também cita a falta de acordos comerciais para facilitar o acesso do Brasil aos principais mercados mundiais. Pimentel lamenta ainda o que considera a queda de qualidade na balança comercial. Enquanto produtos de baixo valor agregado, como as matérias-primas de fibra de algodão, ganham destaque nas exportações, os produtos manufaturados perdem espaço. Nas importações, ocorre o inverso, com maior entrada de artigos confeccionados. Esse cenário, de acordo com a Abit, gera perda de renda e de empregos no setor.

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