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B3 lucra R$ 336,3 milhões no 3º trimestre, queda de 23,6%

O Ebitda ajustado somou R$ 667,8 milhões entre julho e setembro, aumento de 10,6% em relação ao mesmo período do ano anterior

B3: o lucro líquido atribuído aos acionistas da companhia foi a R$ 336,3 milhões (Arthur Nobre/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 21h19.

São Paulo - O resultado da B3 no terceiro trimestre de 2017 ainda veio repleto de efeitos da fusão entre a BM&FBovespa e a Cetip.

O lucro líquido atribuído aos acionistas da companhia foi a R$ 336,3 milhões, queda de 23,6% na relação anual.

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A explicação para o recuo é o menor resultado financeiro no período por conta do menor caixa, visto que no mesmo intervalo do ano passado a reserva da bolsa estava inchada para honrar os compromissos aos acionistas da Cetip, por conta da fusão.

No entanto o lucro cresceu 105,9% em relação ao observado no segundo trimestre do ano, quando o lucro chegou em R$ 163,3 milhões.

Já o lucro líquido recorrente, que desconsidera, por exemplo, despesas relacionadas com a combinação com a Cetip e amortização de intangível, também relacionado com a fusão, chegou em R$ 445,3 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 26,8% na relação anual e recuo de 6,4% no comparativo trimestral.

"Continuamos a trabalhar na integração da fusão da B3. Completamos a reestruturação de nossa área de produtos e clientes, buscando aprimorar o desenvolvimento de produtos e a experiência de nossos clientes. Com a conclusão da integração das clearings, pretendemos ter foco ainda maior em iniciativas de desenvolvimento de produtos e mercados, de forma a continuarmos a endereçar as demandas de nossos clientes", destaca, no documento que acompanha o demonstrativo financeiro, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain.

Com caixa menor após a fusão, a B3 teve ganho financeiro de R$ 19 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 91,6% ante o observado no mesmo período do ano anterior.

Outra razão apontada para o menor lucro no trimestre é o maior endividamento no período, o que também é uma consequência da fusão.

No fim de setembro, a dívida bruta da companhia era de R$ 5,739,6 bilhões,correspondendo a 2,2 vezes o Ebitda ajustado. A meta da companhia é reduzir essa alavancagem para 1 vez entre o fim de 2019 e início de 2020.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da B3 somou R$ 667,8 milhões entre julho e setembro, aumento de 10,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e queda de 1,1% ante o trimestre imediatamente anterior.

Segundo o demonstrativo financeiro da companhia, a geração de caixa no período foi afetada, principalmente, por despesas não recorrentes com provisões que foram reconhecidas no terceiro trimestre, no valor de R$ 231,3 milhões, sobre uma disputa judicial que teve sua chance alterada de possível para provável.

A receita líquida, por sua vez, chegou em R$ 1,061 bilhão, aumento de 20,3% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e aumento de 9,3% ante o segundo trimestre deste ano.

A margem Ebitda ajustado ficou em 66,6% no terceiro trimestre do ano, ante 68,5% no mesmo intervalo de 2016 e de 69,6% no segundo trimestre deste ano.

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