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Azul fixa teto de 999 reais para passagens na Copa

Segundo David Neeleman, fundador da companhia, eles perderão 20 milhões de dólares com medida, mas querem mostrar que ''estamos aqui para o povo brasileiro''


	David Neeleman: dono da Azul afirmou que estabelecerá teto nos preços de passagens para a Copa
 (Getty Images)

David Neeleman: dono da Azul afirmou que estabelecerá teto nos preços de passagens para a Copa (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 14h16.

São Paulo - David Neeleman, fundador da companhia aérea Azul, anunciou hoje em encontro com jornalistas que irá fixar um teto de 999 reais por trecho aéreo durante a Copa do Mundo. As passagens já estão disponíveis desde a meia noite de hoje e os preços serão válidos do dia 12 de junho a 13 julho.

Segundo empresário, esta medida fará com que a Azul perca 20 milhões de reais. "Perderemos dinheiro, mas queremos mostrar que não estamos abusando dos brasileiros", afirmou. 999 reais é o preço máximo, mas haverá passagens mais baratas.

Para ele, a Copa do Mundo no Brasil tem de ser uma coisa boa para os brasileiros, mas a Azul terá prejuízos com o evento. Hoje, cerca de 60% de sua demanda de voos ocorre por viagens de negócios, que estarão praticamente estagnados no período do evento. "Nós cancelaremos 20% dos nossos voos, o que dá 180 todos os dias", afirmou. 

Para suprir a demanda de voos para as cidades sedes, a empresa pediu à Anac 310 voos para a primeira fase da competição. Para a segunda fase, o número deve ser parecido. Ainda assim, a Azul terá custos. "Os pátios de Fortaleza, por exemplo, são muito pequenos. Teremos que estacionar nossos aviões em cidades próximas, e isso custa".

Para Neeleman, o maior ganho para as empresas aéreas será o investimento em infaestrutura que foi feito no país para a Copa. "Nós vamos usar isso por décadas". Além disso, ele espera que, com o teto no preço, mais pessoas utilizem a companhia aérea e, ainda, que isto sirva para melhorar ainda mais a imagem da empresa no Brasil. 

O fundador da companhia aérea afirmou que não houve pressão por parte do governo brasileiro. "Essa foi uma decisão nossa. Poderíamos cobrar o que quiséssemos nas vésperas dos jogos, mas optamos por ser justos", afirmou.

"Esperamos que esta medida forçe outras companhias, hotéis, empresas de táxi a adotarem o mesmo comportamento. Esta Copa tem que ser uma coisa boa para o Brasil". A Azul tem hoje 132 aviões, atende 105 cidades e opera 900 voos por dia.

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