As 19 empresas brasileiras entre as maiores do mundo em 2016
Bancos lideram negócios do Brasil entre os maiores globais, segundo ranking Forbes Global 2000, da Revista Forbes
Tatiana Vaz
Publicado em 25 de maio de 2016 às 13h37.
Última atualização em 10 de outubro de 2018 às 22h36.
São Paulo – A desaceleração do crescimento global, aliada ao colapso no preço das commodities e queda nos mercados de ações nos EUA e China, levou as grandes empresas do mundo a faturarem menos em 2015. É o que mostra o ranking Forbes Global 2000, da Revista Forbes , que lista os maiores negócios globais com base na média ponderada de receitas, lucros, ativos e valores de mercado das companhias. Das 2000 listadas, 586 são norte-americanas, 249 são da China (continental e Hong Kong) e 219 são do Japão. O Brasil está presente no ranking com 19 negócios, liderados pelo Itaú . Veja quais são as empresas brasileiras entre as 2.000 maiores do mundo.
O Itaú Unibanco aparece em primeiro lugar entre as empresas brasileiras listadas na Forbes Global 2000 e na 63ª posição no ranking geral. Fundado em 1944, o banco tem hoje mais de 90.000 funcionários e um valor de mercado estimado em US$ 50,5 bilhões, sendo a 181ª companhia mais valiosa do mundo, segundo o estudo.
O banco Bradesco ocupa o 78º lugar entre as maiores empresas do mundo, mesmo tendo um faturamento e número de empregados superior ao do Itaú na lista: US$ 65,87 bilhões em receita e 92.861, segundo a lista. Presidido por Luiz Trabuco Cappi, o banco tem hoje um valor de mercado estimado de US$ 41,5 bilhões, o que coloca na 230ª posição entre os negócios mais valiosos do mundo.
Bem abaixo dos concorrentes no ranking geral aparece o Banco do Brasil, ocupando a 153ª posição entre as maiores empresas do mundo – e o terceiro lugar entre as empresas do país. Presidido por Alexandre Abreu, com 109.191 funcionários e vendas de US$ 65,55 bilhões, o banco ocupa a 136º lugar entre os negócios mais lucrativos e o 699º entre os mais valiosos.
A queda do preço do petróleo e o escândalo da investigação de corrupção dentro da empresa com a Operação Lava Jato fizeram a Petrobras perder valor de mercado – mas nada que a destronasse do ranking como uma das maiores petroleiras do mundo. Se no ano anterior a empresa aparecia em 416º lugar entre as maiores do mundo, na lista atual ela figura na 411ª posição no ranking geral, com US$ 96,3 bilhões em vendas e um valor de mercado de US$ 42,1 bilhões.
Uma das maiores empresas de processamento de alimentos do mundo, a JBS é a quarta maior empresas do país e a 519ª do mundo, segundo o ranking. Fundada em 1953, a empresa emprega mais de 216.000 pessoas e faturou US$ 49 bilhões, em 2015, fato que a coloca na 156ª posição entre as que mais vendem no mundo. No critério valor de mercado, entretanto, a empresa ocupa um lugar bem distante – 1.510º lugar, com US$ 7 bilhões. Vale lembrar que recentemente a empresa fez uma organização societária que a dividiu em duas: uma internacional e outra focada em negócios no Brasil.
A Vale caiu do terceiro lugar entre as maiores empresas do país para quinto na lista da Forbes Global 2016, com a queda de receita de US$ 37,5 bilhões para US$ 25,6 bilhões, de um ano para outro, graças a queda do preço e demanda mundial de commodities. No ranking geral, a companhia ocupa o 559º lugar entre as 2.000 gigantes globais, sendo a 410ª entre as de maior valor de mercado – US$ 25 bilhões, segundo o estudo.
O conglomerado dono do banco Itaú Unibanco, ocupa o 882º lugar entre as maiores empresas do mundo, com 103.000 funcionários e um valor de mercado de US$ 15,6 bilhões. A holding, criada em 1965 para reunir parte dos negócios da família Setúbal, inclui as operações da Duratex, Deca e Eleikeroz, além de participações em empresas de serviços financeiros e manufatura.
Dona das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, a BRF é uma das maiores concorrentes da JBS em alimentos processados tanto no Brasil quanto no mundo. A companhia ocupa o sétimo lugar entre as maiores do país e a 891ª posição entre as 2.000 maiores do planeta, segundo o ranking da Forbes, com um faturamento de US$ 9,64 bilhões e US$ 10,9 bilhões em valor de mercado.
A holding da Ultrapar Participações figura em 944º lugar, com um faturamento de US$ 22,5 bilhões e um valor de mercado de US$ 11,5 bilhões, o 957º maior entre as gigantes globais.
Presidida atualmente por Fernando Musa, a fabricante de produtos químicos e relacionados emprega 8.096 pessoas e fatura US$ 14,15 bilhões, de acordo com a publicação. Entre as 2.000 maiores do mundo, ela ocupa a 951ª posição – e é a décima maior do Brasil.
Rômulo Dias comanda a companhia criada em 1995 para ser a maior empresa de captação de transações financeiras do país, um dos setores mais rentáveis do mercado. O faturamento de US$ 13,3 bilhões e o valor de mercado de US$ 20,6 bilhões colocaram a companhia em 1.091º lugar no ranking e na 46ª posição entre as mais inovadoras.
Ainda que tenha sofrido um prejuízo de US$ 4,32 bilhões, a Eletrobras segue como uma das maiores empresas do país e do mundo, com um valor de mercado de US$ 3,3 bilhões. A companhia de energia figura entre a 1.248ª posição entre as maiores do mundo e a 926ª em vendas.
A metalúrgica que leva o nome da família fundadora é uma das poucas empresas centenárias do país, fundada em 1901, além de ser uma das maiores, na 13ª posição. Entre as maiores do mundo, ela aparece no 1.401º lugar, com uma receita de US$ 13 bilhões e US$ 17,75 bilhões em ativos.
Com US$ 2,6 bilhões de valor de mercado, a companhia de energia com sede em Belo horizonte emprega 7.860 pessoas e fatura US$ 6,37 bilhões – números que a colocam no 1.434º lugar entre as maiores globais, segundo a Forbes.
Fundada em 1963 no Rio de Janeiro, a empresa de telecomunicações Oi passa hoje por um processo de reestruturação frente a um prejuízo bilionário de R$ 1,67 bilhões apenas de janeiro a março, de acordo com a Economática. Mas a grandeza do negócio, que fatura US$ 8,19 bilhões e emprega 44.000 pessoas, segundo a Forbes, a colocam em 1.464º lugar no ranking e 15º entre as brasileiras.
Quatro posições acima da Oi na lista mundial aparece o Grupo Pão de açúcar, o maior conglomerado de varejo do país. O conglomerado tem US$ 3,4 bilhões em valor de mercado e emprega 160.000 pessoas em todo o Brasil, de acordo com os dados.
Com US$ 8,4 bilhões em valor de mercado e uma receita de US$ 664 milhões, segundo a Forbes, a companhia presidida por Edemir Pinto é a 1.539ª do mundo. A fusão com a rival Cetip, anunciada em abril, deve impulsionar ainda mais a operação da companhia no ranking a partir do próximo ano.
A Companhia Siderurgica Nacional ocupa o 1.927º lugar no ranking global e é a 18ª maior do país, de acordo com a Forbes, com negócios que englobam operações em mineração, logística, cimento e energia. Com 23.000 funcionários contratados, a empresa teve um lucro de US$ 376,6 milhões e um valor de mercado de US$ 5,2 bilhões.
Presidida por Ricardo Botelho, o grupo Rede Energia é um dos maiores conglomerados do setor no país, com sede em São Paulo e vendas de US$ 2,08 bilhões. Fundada em 1903, a companhia ocupa o 1.991º lugar no ranking global.