São Paulo - Um caso escandaloso envolvendo desvio de dinheiro, propinas e orgias na Volkswagen fez cair dois importantes membros do alto escalão da montadora, em 2005. Em um esquema de corrupção complexo, que passava por vários níveis hierárquicos, o dinheiro da empresa era usado para subornar fornecedores, fazer viagens luxuosas de executivos, pagar prostitutas e outros pecados capitais.Com a descoberta, o então presidente do conselho de funcionários da empresa, Klaus Volkert, e o diretor de recursos humanos e executivo mais conceituado da Alemanha, Peter Hartz, deixaram seus cargos e foram processados por usar de forma ilícita o dinheiro da Volkswagen. Hartz usou verba da montadora para pagar prostitutas, organizar viagens e visitas a bordéis para os sindicalistas aceitarem, sem resistência, medidas impopulares, como aumento da jornada de trabalho e demissões.Já Volkert desviou dinheiro para manter um caso extraconjugal com a então apresentadora de TV brasileira, Adriana Barros. Ele fez viagens de férias, pagou contas pessoais e deu mesadas que somaram 400.000 euros à amante, por meio de um contrato forjado de prestação de serviços à companhia. Os dois executivos foram processados pela justiça. Volkert foi condenado, em 2008, a dois anos e nove meses de prisão. Já Hartz conseguiu um acordo e sua condenação, em 2007, se restringiu a dois anos de liberdade condicional e pagamento de multa de 576.000 euros.Acompanhe as notícias de
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