As 10 empresas com mais empregados no mundo
Sinal dos tempos, três companhias chinesas estão no ranking elaborado pela CNBC
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2011 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h29.
São Paulo – As dez empresas que mais empregam no mundo somam cerca de 8 milhões de funcionários. Como comparação, as dez empresas brasileiras com maior número de empregados atingem um total de 694.000 pessoas – o suficiente para colocá-las na quarta posição do ranking elaborado pela CNBC. Sinal dos tempos, os países emergentes estão representados pela China, que conta com três empresas na lista. Juntas, as chinesas mobilizam cerca de 1,9 milhão de pessoas. Veja, a seguir, as empresas com maior número de empregados no mundo, segundo a CNBC.
O Walmart, fundado por Sam Walton, não se tornou apenas a maior rede de varejo do mundo. É, também, a que maior empregado do planeta, com 2,1 milhões de funcionários. Cada um deles gera uma receita anual de 199.500 dólares. O lucro per capita é de 7.100 dólares.
O McDonald’s é o segundo maior empregador do mundo, com 1,7 milhão de pessoas. A demanda por mão-de-obra é tamanha na rede de fast food que, em abril, a empresa promoveu o “Dia Nacional da Contratação” nos Estados Unidos. Em um único dia, a rede contratou 62.000 pessoas no país – mais do que os 50.000 planejados.
A chinesa Foxconn chamou a atenção da imprensa, no ano passado, pela onda de suicídios de seus funcionários. Com 836.000 pessoas em sua folha de pagamento, a companhia é responsável pela montagem de aparelhos de diversas marcas, como Apple, Cisco, Dell, Nokia e Sony. Para conter os suicídios, a Foxconn aumentou os salários do pessoal da linha de produção para até 300 dólares por mês.
A maior petrolífera da China foi fundada há relativamente pouco tempo, em 1999. Com um crescimento acelerado, a PetroChina hoje emprega 592.700 pessoas para a produção de petróleo e gás. Entre 2005 e 2010, a empresa absorveu 113.000 funcionários – um salto de 25% em seu quadro de pessoal. A PetroChina é, também, a que apresenta o maior lucro por empregado do ranking da CNBC: 37.250 dólares.
A britânica Tesco mantém 492.700 funcionários. Terceira maior rede de varejo do mundo, atrás apenas do Walmart e do Carrefour, a companhia aumentou em 19% o número de empregados desde 2007. A expansão, contudo, pode não se sustentar. Em agosto do ano passado, a Tesco cortou 2.000 vagas de gerentes. E as vendas continuam em queda no Reino Unido.
O sexto maior empregador do mundo, segundo a CNBC, é o Carrefour , com 471.750 funcionários. Há dois desafios para a empresa. A primeira é aumentar o lucro por empregado. Embora gere uma receita per capita de 256.000 dólares por ano, maior que a do Walmart e da Tesco, o Carrefour obtém apenas 3.920 dólares de lucro por cabeça – 3.000 a menos que o Walmart e 5.000 abaixo da Tesco. O segundo desafio é fazer isso sem enfrentar novos protestos dos funcionários, como os vistos na França e na Indonésia recentemente.
Com 467.000 funcionários, a alemã DHL é a sétima empresa que mais emprega no mundo. A companhia, no entanto, pode não ostentar este posto por muito tempo. Uma das maiores empresas de entregas rápidas do planeta, a DHL enfrenta a concorrência dos e-mails e outras inovações. Tanto que, recentemente, a empresa fez um acordo com o sindicato alemão Verdi para preservar 130.000 empregos, em troca de 4% no salários dos novos funcionários.
O Agricultural Bank of China, ou AgBank, é o maior banco do mundo em número de clientes – e também de funcionários: 444.440. Fundado em 1979 para financiar os produtores rurais da China, a instituição protagonizou, no ano passado, uma abertura de capital de 22,1 bilhões de dólares. Foi o maior IPO da história.
A britânica Compass Group, a maior empresa do mundo em serviço de refeições, abriu 18.000 vagas entre 2005 e 2010 para acompanhar a expansão de seus negócios. Atualmente, a companhia emprega 428.000 pessoas. O lucro por empregado aumentou quase cinco vezes no período, para 2.500 dólares.
A IBM encerra a lista da CNBC das dez empresas que mais empregam no mundo, com 426.750 pessoas. A empresa é acusada de exportar empregos dos Estados Unidos, onde foi fundada, para outros países. Entre 2003 e 2010, por exemplo, o número de vagas na Índia passou de 9.000 para 75.000. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, ele recuou de 135.000 para 105.000.