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Arte não é só para milionários, diz chefe da Christie's

Steven Murphy está convencido de que o sucesso em anos menos excepcionais não pode depender apenas dos "1 por cento" mais ricos

Leilão de obra de arte: Christie's divulgou ter tido um faturamento recorde de 3,9 bilhões de libras em 2012 (Mario Tama/Getty Images/AFP)
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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 10h50.

Londres - Quando o público para e presta atenção ao mercado da arte , é geralmente porque algum colecionador anônimo pagou uma quantia astronômica por alguma pintura ou escultura célebre.

Foi assim em 2012 com a venda de "O Grito", de Edvard Munch, por 120 milhões de dólares; de uma obra abstrata de Mark Rothko por 87 milhões, ou dos 48 milhões de dólares pagos num desenho de Rafael -- isso num ano em que a prioridade para a maioria das pessoas foi simplesmente pagar as contas.

Mas Steven Murphy, primeiro norte-americano a chefiar a casa de leilões Christie's desde a sua criação, em 1766, está convencido de que o sucesso em anos menos excepcionais não pode depender apenas dos "1 por cento" mais ricos.

Com carreira nos campos editorial e fonográfico, Murphy, de 58 anos, causou surpresa ao ser nomeado dois anos atrás para o cargo na maior casa de leilões do mundo. Sua meta agora é tirar o ranço elitista do mundo da arte.

"É sexy, é legal, e é notícia conversar sobre a obra mais importante de uma só venda em uma só noite, mas é preciso tomar cuidado com a miopia como negócio, ao focar só nessa atividade tão importante", disse Murphy à Reuters.

"Vinte por cento dos nossos compradores no último ano eram novos na Christie's, nunca compraram aqui antes", afirmou ele em entrevista na sede da empresa, no centro de Londres, sentado diante de um pequeno Picasso que será vendido no mês que vem.

Na quinta-feira, a Christie's divulgou ter tido um faturamento recorde de 3,9 bilhões de libras (6,3 bilhões de dólares) em 2012, aumento de 10 por cento em relação ao ano anterior. Em 2009, quando o mercado da arte sofreu uma forte contração devido à crise financeira global, o faturamento foi de apenas 2,1 bilhões de libras.

Em 2012, houve uma forte retração nos leilões de arte asiática da firma, por causa da concorrência de leiloeiros chineses e do fim de uma bolha especulativa nesse mercado. Mas a contração foi compensada pelas vendas a particulares, que cresceram 26 por cento e atingiram 631 milhões de libras.

Ele disse que essa tendência deve ser mantida no futuro, o que significará um menor movimento na sala de leilões de Christie's, onde ainda se concentra a principal atividade da empresa.

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Londres - Quando o público para e presta atenção ao mercado da arte , é geralmente porque algum colecionador anônimo pagou uma quantia astronômica por alguma pintura ou escultura célebre.

Foi assim em 2012 com a venda de "O Grito", de Edvard Munch, por 120 milhões de dólares; de uma obra abstrata de Mark Rothko por 87 milhões, ou dos 48 milhões de dólares pagos num desenho de Rafael -- isso num ano em que a prioridade para a maioria das pessoas foi simplesmente pagar as contas.

Mas Steven Murphy, primeiro norte-americano a chefiar a casa de leilões Christie's desde a sua criação, em 1766, está convencido de que o sucesso em anos menos excepcionais não pode depender apenas dos "1 por cento" mais ricos.

Com carreira nos campos editorial e fonográfico, Murphy, de 58 anos, causou surpresa ao ser nomeado dois anos atrás para o cargo na maior casa de leilões do mundo. Sua meta agora é tirar o ranço elitista do mundo da arte.

"É sexy, é legal, e é notícia conversar sobre a obra mais importante de uma só venda em uma só noite, mas é preciso tomar cuidado com a miopia como negócio, ao focar só nessa atividade tão importante", disse Murphy à Reuters.

"Vinte por cento dos nossos compradores no último ano eram novos na Christie's, nunca compraram aqui antes", afirmou ele em entrevista na sede da empresa, no centro de Londres, sentado diante de um pequeno Picasso que será vendido no mês que vem.

Na quinta-feira, a Christie's divulgou ter tido um faturamento recorde de 3,9 bilhões de libras (6,3 bilhões de dólares) em 2012, aumento de 10 por cento em relação ao ano anterior. Em 2009, quando o mercado da arte sofreu uma forte contração devido à crise financeira global, o faturamento foi de apenas 2,1 bilhões de libras.

Em 2012, houve uma forte retração nos leilões de arte asiática da firma, por causa da concorrência de leiloeiros chineses e do fim de uma bolha especulativa nesse mercado. Mas a contração foi compensada pelas vendas a particulares, que cresceram 26 por cento e atingiram 631 milhões de libras.

Ele disse que essa tendência deve ser mantida no futuro, o que significará um menor movimento na sala de leilões de Christie's, onde ainda se concentra a principal atividade da empresa.

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