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Argentina determina "conciliação obrigatória" da Vale

Empresa brasileira não poderá despedir os trabalhadores de obra suspensa no país

Vale: empresa anunciou na semana passada o cancelamento do mega projeto do Rio Colorado, que é considerado 'estratégico' pelo Governo de Cristina Kirchner. (Divulgação/Vale)
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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 18h59.

Buenos Aires - O Governo argentino determinou nesta sexta-feira uma 'conciliação obrigatória' no conflito derivado pela suspensão de um projeto da mineira Vale em Mendoza, o que na prática representa que a empresa brasileira não poderá despedir os trabalhadores.

A decisão foi anunciada depois que os representantes da Vale não se apresentaram a uma reunião com as autoridades argentinas para qual tinham sido convocados.

O ministro argentino de Trabalho, Carlos Tomada, explicou que a 'conciliação obrigatória', com vigência até o próximo dia 11 de abril, abrange tanto a Vale como as empresas contratantes e subcontratadas da brasileira no projeto de exploração da mina de potássio Rio Colorado (oeste do país).

'A Vale tem uma responsabilidade social a cumprir e o presidente da empresa sequer veio à reunião' programada na sede do Ministério para analisar a situação laboral de milhares de trabalhadores após a decisão da multinacional de suspender o projeto.

Tanto Tomada como o ministro do Planejamento, Julio de Vido, e o governador de Mendoza, Francisco Pérez, insistiram em denunciar que a Vale 'descumpriu os contratos' assinados com a Argentina.

A Vale anunciou na semana passada o cancelamento do mega projeto do Rio Colorado, que é considerado 'estratégico' pelo Governo de Cristina Kirchner.

O projeto previa a exploração de uma jazida de potássio no departamento de Malargüe, o cabo de uma linha de ferrovia, a instalação de um porto e uma geradora própria de eletricidade.

A suspensão afeta direta e indiretamente mais de 8 mil trabalhadores das províncias de Mendoza, Neuquén e Río Negro.


A empresa já tinha investido US$ 2 bilhões sobre um total inicialmente previsto de US$ 5,9 bilhões, que foi elevado a US$ 8,6 bilhões apena dois meses após o início do projeto.

Finalmente, segundo a Vale, o investimento iria chegar até US$ 10,9 bilhões.

A Vale, líder mundial na produção de ferro, calcula que as reservas de potássio de Rio Colorado cheguem a 430 milhões de toneladas e a capacidade de produção pode chegar até os 4,35 milhões de toneladas ao ano, o que situaria a Argentina como o quinto produtor mundial.

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A decisão foi anunciada depois que os representantes da Vale não se apresentaram a uma reunião com as autoridades argentinas para qual tinham sido convocados.

O ministro argentino de Trabalho, Carlos Tomada, explicou que a 'conciliação obrigatória', com vigência até o próximo dia 11 de abril, abrange tanto a Vale como as empresas contratantes e subcontratadas da brasileira no projeto de exploração da mina de potássio Rio Colorado (oeste do país).

'A Vale tem uma responsabilidade social a cumprir e o presidente da empresa sequer veio à reunião' programada na sede do Ministério para analisar a situação laboral de milhares de trabalhadores após a decisão da multinacional de suspender o projeto.

Tanto Tomada como o ministro do Planejamento, Julio de Vido, e o governador de Mendoza, Francisco Pérez, insistiram em denunciar que a Vale 'descumpriu os contratos' assinados com a Argentina.

A Vale anunciou na semana passada o cancelamento do mega projeto do Rio Colorado, que é considerado 'estratégico' pelo Governo de Cristina Kirchner.

O projeto previa a exploração de uma jazida de potássio no departamento de Malargüe, o cabo de uma linha de ferrovia, a instalação de um porto e uma geradora própria de eletricidade.

A suspensão afeta direta e indiretamente mais de 8 mil trabalhadores das províncias de Mendoza, Neuquén e Río Negro.


A empresa já tinha investido US$ 2 bilhões sobre um total inicialmente previsto de US$ 5,9 bilhões, que foi elevado a US$ 8,6 bilhões apena dois meses após o início do projeto.

Finalmente, segundo a Vale, o investimento iria chegar até US$ 10,9 bilhões.

A Vale, líder mundial na produção de ferro, calcula que as reservas de potássio de Rio Colorado cheguem a 430 milhões de toneladas e a capacidade de produção pode chegar até os 4,35 milhões de toneladas ao ano, o que situaria a Argentina como o quinto produtor mundial.

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