Aquisições e dividendos elevam dívida líquida da JBS em 32%
O índice de alavancagem, medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda subiu para 2,3 vezes
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2015 às 09h52.
São Paulo - A dívida líquida consolidada da JBS aumentou 32% nos três primeiros meses de 2015, para R$ 33,2 bilhões, informou a companhia em balanço financeiro divulgado na noite desta quarta-feira, 13.
Com isso, o índice de alavancagem, medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) subiu para 2,3 vezes, ante 2,1 vezes ao fim de 2014.
A empresa informa que a alta no endividamento se refere ao impacto financeiro das aquisições do Grupo Primo Smallgoods, da Austrália, e do Big Frango, no Brasil, e é também devida ao pagamento de dividendos extraordinários em sua subsidiária Pilgrim's Pride Corporation (PPC), nos Estados Unidos.
As três operações representaram acréscimo de R$ 5,5 bilhões ao cálculo da dívida.
A JBS estima que, desconsiderados os efeitos das aquisições e do pagamento de dividendos, o índice de alavancagem seria de 1,9x, inferior ao resultado de 2014.
A companhia ressalta que a geração de fluxo de caixa livre de R$ 3,832 bilhões tornou possível realizar o pagamento das aquisições "sem comprometer o nível de alavancagem, financiando assim o crescimento da JBS com recursos provenientes de suas atividades operacionais".
Ao fim de março, a dívida de curto prazo da JBS passou a representar 29% dos débitos da companhia, mas cabe ressaltar que essa razão também foi afetada pelas operações extraordinárias. Em 31 de dezembro de 2014, esse porcentual era de 34%.
A companhia informa que encerrou o trimestre com R$ 14,1 bilhões em caixa, o que equivale a 104% da dívida com vencimento no curto prazo.
Além disso, a administração ressalta que a JBS USA dispõe de US$ 1,5 bilhão em linhas de créditos rotativas e garantidas.
Considerado esse montante à disposição, a empresa diz que apresenta condições de arcar com 140% do endividamento em questão.
Resultado financeiro
No trimestre passado, a companhia registrou um resultado financeiro líquido positivo de R$ 83,9 milhões.
No período, o avanço do dólar teve impacto negativo de R$ 3,757 bilhões (valor quase três vezes superior ao registrado no último trimestre de 2014), mas foi compensado pelo resultado financeiro com derivativos de R$ 4,489 bilhões.
Os juros passivos somaram R$ 825,6 milhões, enquanto os ativos totalizaram R$ 229,4 milhões. Os gastos com impostos, contribuições e tarifas registraram despesa de R$ 52 milhões. Já o Imposto de Renda e Contribuição Social (IR/CS) foi de R$ 561,3 milhões.
Capex
De janeiro a março, a JBS teve dispêndios de capital de R$ 4,610 bilhões, sendo R$ 3,905 bilhões referentes às aquisições do Grupo Primo e do Big Frango, concluídas no período.
Do valor restante, 42% foram empregados em compra, ampliação e modernização de unidades fabris e 58% com investimentos em manutenção.
São Paulo - A dívida líquida consolidada da JBS aumentou 32% nos três primeiros meses de 2015, para R$ 33,2 bilhões, informou a companhia em balanço financeiro divulgado na noite desta quarta-feira, 13.
Com isso, o índice de alavancagem, medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) subiu para 2,3 vezes, ante 2,1 vezes ao fim de 2014.
A empresa informa que a alta no endividamento se refere ao impacto financeiro das aquisições do Grupo Primo Smallgoods, da Austrália, e do Big Frango, no Brasil, e é também devida ao pagamento de dividendos extraordinários em sua subsidiária Pilgrim's Pride Corporation (PPC), nos Estados Unidos.
As três operações representaram acréscimo de R$ 5,5 bilhões ao cálculo da dívida.
A JBS estima que, desconsiderados os efeitos das aquisições e do pagamento de dividendos, o índice de alavancagem seria de 1,9x, inferior ao resultado de 2014.
A companhia ressalta que a geração de fluxo de caixa livre de R$ 3,832 bilhões tornou possível realizar o pagamento das aquisições "sem comprometer o nível de alavancagem, financiando assim o crescimento da JBS com recursos provenientes de suas atividades operacionais".
Ao fim de março, a dívida de curto prazo da JBS passou a representar 29% dos débitos da companhia, mas cabe ressaltar que essa razão também foi afetada pelas operações extraordinárias. Em 31 de dezembro de 2014, esse porcentual era de 34%.
A companhia informa que encerrou o trimestre com R$ 14,1 bilhões em caixa, o que equivale a 104% da dívida com vencimento no curto prazo.
Além disso, a administração ressalta que a JBS USA dispõe de US$ 1,5 bilhão em linhas de créditos rotativas e garantidas.
Considerado esse montante à disposição, a empresa diz que apresenta condições de arcar com 140% do endividamento em questão.
Resultado financeiro
No trimestre passado, a companhia registrou um resultado financeiro líquido positivo de R$ 83,9 milhões.
No período, o avanço do dólar teve impacto negativo de R$ 3,757 bilhões (valor quase três vezes superior ao registrado no último trimestre de 2014), mas foi compensado pelo resultado financeiro com derivativos de R$ 4,489 bilhões.
Os juros passivos somaram R$ 825,6 milhões, enquanto os ativos totalizaram R$ 229,4 milhões. Os gastos com impostos, contribuições e tarifas registraram despesa de R$ 52 milhões. Já o Imposto de Renda e Contribuição Social (IR/CS) foi de R$ 561,3 milhões.
Capex
De janeiro a março, a JBS teve dispêndios de capital de R$ 4,610 bilhões, sendo R$ 3,905 bilhões referentes às aquisições do Grupo Primo e do Big Frango, concluídas no período.
Do valor restante, 42% foram empregados em compra, ampliação e modernização de unidades fabris e 58% com investimentos em manutenção.