Apple reduz expectativa de vendas devido a China e emergentes
As ações da Apple caíram cerca de 7,6% nas operações após o fechamento da Bolsa de Valores
AFP
Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 20h39.
Última atualização em 2 de janeiro de 2019 às 21h31.
A Apple reduziu suas expectativas de vendas para o primeiro trimestre de 2019 nesta quarta-feira (2) diante de uma desaceleração econômica mais "abrupta" do que a esperada na China e nos mercados emergentes.
As ações da Apple caíram cerca de 7,6% nas operações após o fechamento da Bolsa de Valores.
A empresa reduziu seu guia de receita para o primeiro trimestre fiscal de 2019, que terminou em 29 de dezembro, para 84 bilhões de dólares, bem abaixo das previsões dos analistas, que estimavam uma média de 91 bilhões.
A advertência incomum da Apple sugere que ela venderá menos iPhones e outros itens, em parte devido aos atritos comerciais entre Washington e Pequim.
"Embora esperássemos alguns desafios nos principais mercados emergentes, não antecipamos a magnitude da desaceleração econômica, especialmente na Grande China", disse Tim Cook, CEO da Apple em uma carta aos investidores.
"Acreditamos que o ambiente econômico da China foi muito afetado pelas crescentes tensões comerciais com os Estados Unidos", disse Cook.
A Apple divide suas receitas em uma "Grande China" que inclui a República Popular da China e Taiwan.
Cook disse que outros fatores também reduzirão a receita da empresa, incluindo a data de lançamento de seu iPhone no ano passado e um dólar forte.
Ele também citou "restrições" para alguns produtos, incluindo seu mais recente Apple Watch e o iPad Pro.
A atualização sugeriu um número decepcionante para as vendas do iPhone, o principal fator de receita e lucros para a gigante de tecnologia da Califórnia.
"Enquanto a Grande China e outros mercados emergentes tenham representado a maior parte do declínio nas receitas do iPhone, em alguns mercados desenvolvidos as atualizações do iPhone não foram tão fortes quanto pensávamos que seriam", disse o comunicado.