Roma - A filial italiana da Apple chegou a um acordo com a Fazenda deste país e desembolsará 318 milhões de euros que equivalem a impostos que supostamente foram evadidos entre 2008 e 2013.

O jornal "La Repubblica" afirmou nesta quarta-feira que o acordo foi alcançado após meses de intensas negociações entre os advogados da companhia de Cupertino e a Fazenda italiana.

Fontes do Fisco consultadas pela Agência Efe recusaram confirmar a informação publicada pelo jornal italiano, apesar de assegurarem que também não solicitarão nenhuma retificação.

O jornal diz que a companhia se comprometeu na terça-feira a pagar 318 milhões de euros, a quantidade demandada pelas autoridades italianas, que acusaram a Apple de não pagar o imposto sobre a renda das sociedades (Ires) durante cinco anos.

A investigação foi coordenada pelos procuradores de Milão, Francesco Greco e Adriano Scudieri, que acusaram a Apple de ter faturado suas vendas italianas na Irlanda, sede europeia do multinacional e onde desfruta de um sistema fiscal mais vantajoso.

Os procuradores comunicaram em março a abertura de uma investigação contra o executivo-chefe da Apple Itália, Enzo Biagini; o diretor financeiro Mauro Cardaio e o número um da empresa irlandesa, Apple Sales International, Michael O'Sullivan.

O acordo alcançado não cancela a posição processual destas três pessoas e os procuradores, que concluíram sua investigação há três meses, poderiam solicitar em breve um processo contra os mesmos.

Por outro lado, os procuradores milaneses investigam também um caso de suposta evasão fiscal de outro gigante tecnológico, Google, e a Fazenda italiana está tentando alcançar um acordo com os diretores do procurador mais famoso da internet.

Segundo o mesmo jornal, a Itália aspira embolsar cerca de 150 milhões de euros com este último acordo, que ainda não foi fechado.