Apple contrata minorias, mas chefes seguem homens e brancos
A Apple está se movimentando para ter uma equipe mais diversa, mas os esforços têm pouco efeito nos cargos de liderança
Luísa Melo
Publicado em 8 de agosto de 2016 às 14h22.
São Paulo - A Apple está se movimentando para ter uma equipe mais diversa. Anualmente, ela divulga um documento com os resultados desses esforços, assim como fazem muitos outros nomes de peso, como Google e Facebook.
Do time atual da empresa, 32% são mulheres e 27% são de outras minorias (como negros, hispânicos e demais grupos sub-representados).
Entre os funcionários contratados nos últimos 12 meses findos em junho, porém, essas parcelas são um pouco maiores, de 37% e 27%, respectivamente.
O trabalho de mudança tem sido crescente. Em 2014, 31% dos admitidos eram mulheres, em 2015, 35%. Já os integrantes de outras minorias eram 21% dos novos empregados em 2014 e 24% em 2015.
Além disso, 54% dos profissionais que entraram para a companhia no último ano se consideram de outras etnias que não a branca. Entre o quadro atual, a fatia é de 44%.
O impacto no topo, porém, ainda é inexpressivo. Em 2014, 70% dos chefes eram homens. Em 2015, a parcela caiu para 69% e, neste ano, para 68%.
Já os líderes que se declaravam brancos em 2014 eram 55%, caíram para 54% em 2015 e agora estão em 56%.
A realidade não é muito diferente nos competidores. No Facebook, 73% dos cargos mais altos são ocupados por homens e 71% por brancos. No Google, os índices são de 66% e 70%, respectivamente.
"Queremos que todos os nossos funcionários se sintam confortáveis para trazer a si mesmos por inteiro para o trabalho todos os dias. Porque acreditamos que nossos passados, perspectivas e paixões individuais nos ajudam a criar as ideias que levam todos nós adiante", diz a Apple em seu relatório de diversidade.
A empresa também afirma que analisou a remuneração total de seus funcionários nos Estados Unidos (incluindo bônus e concessões de ações anuais) e que eliminou as injustiças que existiam.
Agora, homens e mulheres, brancos e representantes de minorias, recebem igual quantia quando desempenham a mesma função, garante a gigante.
Esse trabalho de correção também está sendo feito nos outros escritórios pelo mundo.
Pesquisas demonstram que ter um time diverso contribui não só para a imagem, mas também para os resultados das corporações.
*Texto atualizado às 11h de 8 de agosto de 2016.
São Paulo - A Apple está se movimentando para ter uma equipe mais diversa. Anualmente, ela divulga um documento com os resultados desses esforços, assim como fazem muitos outros nomes de peso, como Google e Facebook.
Do time atual da empresa, 32% são mulheres e 27% são de outras minorias (como negros, hispânicos e demais grupos sub-representados).
Entre os funcionários contratados nos últimos 12 meses findos em junho, porém, essas parcelas são um pouco maiores, de 37% e 27%, respectivamente.
O trabalho de mudança tem sido crescente. Em 2014, 31% dos admitidos eram mulheres, em 2015, 35%. Já os integrantes de outras minorias eram 21% dos novos empregados em 2014 e 24% em 2015.
Além disso, 54% dos profissionais que entraram para a companhia no último ano se consideram de outras etnias que não a branca. Entre o quadro atual, a fatia é de 44%.
O impacto no topo, porém, ainda é inexpressivo. Em 2014, 70% dos chefes eram homens. Em 2015, a parcela caiu para 69% e, neste ano, para 68%.
Já os líderes que se declaravam brancos em 2014 eram 55%, caíram para 54% em 2015 e agora estão em 56%.
A realidade não é muito diferente nos competidores. No Facebook, 73% dos cargos mais altos são ocupados por homens e 71% por brancos. No Google, os índices são de 66% e 70%, respectivamente.
"Queremos que todos os nossos funcionários se sintam confortáveis para trazer a si mesmos por inteiro para o trabalho todos os dias. Porque acreditamos que nossos passados, perspectivas e paixões individuais nos ajudam a criar as ideias que levam todos nós adiante", diz a Apple em seu relatório de diversidade.
A empresa também afirma que analisou a remuneração total de seus funcionários nos Estados Unidos (incluindo bônus e concessões de ações anuais) e que eliminou as injustiças que existiam.
Agora, homens e mulheres, brancos e representantes de minorias, recebem igual quantia quando desempenham a mesma função, garante a gigante.
Esse trabalho de correção também está sendo feito nos outros escritórios pelo mundo.
Pesquisas demonstram que ter um time diverso contribui não só para a imagem, mas também para os resultados das corporações.
*Texto atualizado às 11h de 8 de agosto de 2016.