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Após venda da Keystone, Marfrig terá menor alavancagem do setor

A redução na alavancagem virá por meio da melhora no Ebitda, diz executivo

Marfrig: expectativa do vice-presidente para a receita anual é atingir um valor entre R$ 20 bilhões e R$ 21 bilhões (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 10h59.

São Paulo - O vice-presidente de Finanças da Marfrig Global Foods , Eduardo Miron, acredita que com a venda da norte-americana Keystone para a Tyson Foods , realizada na última sexta-feira (17) e confirmada nesta manhã de segunda-feira, 20, a Marfrig terá o menor índice de alavancagem do setor no Brasil, projetada entre 2,2 vezes e 2,5 vezes para o fim de 2018. A avaliação do executivo foi dada em teleconferência com analistas para comentar a transação. "A expectativa é concluir venda da Keystone até o fim deste ano", estima Miron.

Segundo Miron, a redução na alavancagem - calculada através da relação entre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado e dívida líquida - virá por meio da melhora no Ebitda, cuja expectativa para margem ajustada é de 9% a 10% no segundo semestre e estabilidade nas margens da dívida.

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Dados do balanço trimestral da Marfrig, divulgados na última semana, mostraram que a dívida líquida da Marfrig encerrou o segundo trimestre do ano em US$ 4,220 bilhões (R$ 16,27 bilhões). O montante é 121,4% maior que o registrado três meses antes, de US$ 1,906 bilhão (R$ 6,334 bilhões). Na passagem trimestral, a alavancagem calculada pela relação entre dívida líquida e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustada nos últimos 12 meses saiu de 3,67 vezes no primeiro trimestre para 4,2 vezes no trimestre encerrado em junho deste ano.

A expectativa do vice-presidente para a receita anual é atingir um valor entre R$ 20 bilhões e R$ 21 bilhões. No segundo trimestre, a receita líquida subiu 135%, para R$ 5,115 bilhões, ante igual período de 2017. Já o dado na análise proforma vai a R$ 9,9 bilhões, 21% superior. "Nosso segundo semestre será melhor por causa do câmbio, sazonalidades e operações mais robustas. Acreditamos que o dólar permanecerá alto ao longo dos próximos meses.

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