Após polêmicas, Amazon eleva salário mínimo para US$ 15 por hora
Parlamentares e sindicatos têm pedido mudanças em grandes empresas norte-americanas
Reuters
Publicado em 2 de outubro de 2018 às 17h14.
A Amazon disse nesta terça-feira que elevará o salário mínimo de funcionários nos Estados Unidos para 15 dólares por hora a partir de novembro, após críticas de baixa remuneração e condições de trabalho ruins na segunda empresa mais valiosa do mundo.
Com o movimento, a Amazon fixa seu salário mínimo acima da remuneração base do Walmart e da Target, mas ainda está 7 dólares abaixo da média para um trabalhador operacional nos departamentos de transporte e depósito nos Estados Unidos como um todo.
Parlamentares e sindicatos têm pedido mudanças em grandes empresas norte-americanas. O senador democrata Bernie Sanders propôs uma legislação apelidada de "Projeto Bezos" em referencia ao fundador e presidente-executivo da Amazon, Jeff Bezos - que visa fazer com que essas companhias paguem maiores salários.
"Ouvimos nossos críticos, pensamos muito sobre o que queríamos fazer e decidimos que queremos liderar (a mudança)", disse Bezos, em comunicado.
O aumento salarial beneficiará mais de 250 mil funcionários da Amazon nos Estados Unidos, bem como mais de 100 mil trabalhadores temporários que serão contratados em locais em todo o país para a temporada de final de ano, disse a empresa.
A varejista online também disse que fará lobby em Washington por um aumento no salário mínimo federal e pediu que seus concorrentes sigam sua liderança, já que o movimento "Fight for Fifteen (Luta por Quinze)", liderado por sindicatos, pressiona por uma maior remuneração.
A Amazon atualmente paga cerca de 11 dólares por hora aos seus funcionários. Analistas disseram que o aumento custaria a empresa 1 bilhão de dólares ou menos por ano, mas seria compensado por um aumento recente de 20 dólares nas assinaturas de seu serviço Prime.