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Apesar de venda recorde, Audi avalia reduzir importação

Companhia espera atingir 7 mil veículos importados em 2013, ante 5 mil em 2012

Fábrica da Audi: lançamento do A3 Sportback no Brasil, realizado esta semana pela Audi, deve alavancar as vendas no segundo semestre  (Akos Stiller/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2013 às 20h27.

São Paulo - Após atingir um recorde na importação de veículos no primeiro semestre, com 2,8 mil unidades comercializadas - alta de 40% no acumulado ante igual período de 2012 -, a Audi avalia reduzir a meta e as vendas para este ano devido à alta do dólar e da taxa básica de juros (Selic). Segundo o presidente da empresa no País, Leandro Radomile, a Audi ainda espera atingir 7 mil veículos importados em 2013, ante 5 mil em 2012, mas ressalta: "o dólar trouxe um grande problema; teremos de esperar essa volatilidade para reavaliar e, provavelmente, reduzir um pouco a meta."

O executivo lembra que a projeção da companhia para o dólar médio em 2013 era de R$ 1,85 no ano passado, passou para R$ 1,95 e agora está em R$ 2,05, valor que também será revisado. Já a taxa básica de juros teve impacto direto no financiamento dos veículos da Audi. Com o apoio do Banco Volkswagen, 40% dos veículos da Audi são financiados.

Segundo Radomile, o recorde de vendas da companhia e o forte aumento em junho, de 64% nas vendas sobre igual período de 2012, retratam um cenário de antecipação de compras, com o temor do consumidor do repasse da variação recente da moeda norte-americana e de futuras altas aos preços dos importados. "Ainda não pensamos no repasse, mas o dólar preocupa", reafirmou.

Do total previsto para ser comercializado em 2013, 3,9 mil veículos chegam pela cota obtida pela Audi do Inovar-Auto, com a redução de 30 pontos porcentuais do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Como a importadora obteve a habilitação ao Inovar-Auto e, consequentemente, a redução no IPI apenas no segundo trimestre de 2013, os três primeiros meses de vendas da companhia no País foram com o imposto cheio. "Por sorte, o dólar ainda estava mais baixo", afirmou Radomile.

Portanto, parte dos 3,1 mil veículos da Audi fora da cota deverá ser comercializada com um novo patamar do dólar e com um IPI 30 pontos porcentuais superior. "O impacto é ainda maior, porque o IPI é cobrado sobre o valor em real, o qual sobe com o aumento do dólar", explicou Radomile.

Por outro lado, o lançamento do A3 Sportback no Brasil, realizado esta semana pela Audi, deve alavancar as vendas no segundo semestre ante a primeira metade do ano. A expectativa é que 800 unidades sejam comercializadas até o final de 2013. O veículo custa entre R$ 94,7 mil e R$ 124,3 mil, dependendo da versão.

Fábrica

O presidente da Audi no Brasil manteve o suspense sobre a definição de uma fábrica da montadora no País, mas cada vez mais dá sinais que, caso seja anunciada pela montadora alemã, será no complexo da Volkswagen, dona da marca, em São José dos Pinhais (PR). "A decisão não é puramente financeira, mas estratégica. Mas é muito difícil que façamos uma fábrica do zero, enquanto em Pinhais temos área, fornecedores e mão de obra treinada", explicou Radomile.

A unidade paranaense foi feita para produzir o A3, mas a fabricação do veículo foi encerrada no Brasil e hoje a unidade produz o VW Fox. Uma possibilidade é que o A3 volte a ser produzido pela Audi e divida a plataforma com a nova geração do VW Golf.

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São Paulo - Após atingir um recorde na importação de veículos no primeiro semestre, com 2,8 mil unidades comercializadas - alta de 40% no acumulado ante igual período de 2012 -, a Audi avalia reduzir a meta e as vendas para este ano devido à alta do dólar e da taxa básica de juros (Selic). Segundo o presidente da empresa no País, Leandro Radomile, a Audi ainda espera atingir 7 mil veículos importados em 2013, ante 5 mil em 2012, mas ressalta: "o dólar trouxe um grande problema; teremos de esperar essa volatilidade para reavaliar e, provavelmente, reduzir um pouco a meta."

O executivo lembra que a projeção da companhia para o dólar médio em 2013 era de R$ 1,85 no ano passado, passou para R$ 1,95 e agora está em R$ 2,05, valor que também será revisado. Já a taxa básica de juros teve impacto direto no financiamento dos veículos da Audi. Com o apoio do Banco Volkswagen, 40% dos veículos da Audi são financiados.

Segundo Radomile, o recorde de vendas da companhia e o forte aumento em junho, de 64% nas vendas sobre igual período de 2012, retratam um cenário de antecipação de compras, com o temor do consumidor do repasse da variação recente da moeda norte-americana e de futuras altas aos preços dos importados. "Ainda não pensamos no repasse, mas o dólar preocupa", reafirmou.

Do total previsto para ser comercializado em 2013, 3,9 mil veículos chegam pela cota obtida pela Audi do Inovar-Auto, com a redução de 30 pontos porcentuais do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Como a importadora obteve a habilitação ao Inovar-Auto e, consequentemente, a redução no IPI apenas no segundo trimestre de 2013, os três primeiros meses de vendas da companhia no País foram com o imposto cheio. "Por sorte, o dólar ainda estava mais baixo", afirmou Radomile.

Portanto, parte dos 3,1 mil veículos da Audi fora da cota deverá ser comercializada com um novo patamar do dólar e com um IPI 30 pontos porcentuais superior. "O impacto é ainda maior, porque o IPI é cobrado sobre o valor em real, o qual sobe com o aumento do dólar", explicou Radomile.

Por outro lado, o lançamento do A3 Sportback no Brasil, realizado esta semana pela Audi, deve alavancar as vendas no segundo semestre ante a primeira metade do ano. A expectativa é que 800 unidades sejam comercializadas até o final de 2013. O veículo custa entre R$ 94,7 mil e R$ 124,3 mil, dependendo da versão.

Fábrica

O presidente da Audi no Brasil manteve o suspense sobre a definição de uma fábrica da montadora no País, mas cada vez mais dá sinais que, caso seja anunciada pela montadora alemã, será no complexo da Volkswagen, dona da marca, em São José dos Pinhais (PR). "A decisão não é puramente financeira, mas estratégica. Mas é muito difícil que façamos uma fábrica do zero, enquanto em Pinhais temos área, fornecedores e mão de obra treinada", explicou Radomile.

A unidade paranaense foi feita para produzir o A3, mas a fabricação do veículo foi encerrada no Brasil e hoje a unidade produz o VW Fox. Uma possibilidade é que o A3 volte a ser produzido pela Audi e divida a plataforma com a nova geração do VW Golf.

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