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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h26.
Todo mundo sabe que a palavra de ordem entre os executivos nos últimos tempos é "corte de custos". Mas quais são as principais áreas atacadas pelas tesouras nas companhias? A primeira da lista é a estrutura de custos de produtos e serviços. A segunda e a terceira dizem respeito às pessoas -- redução de pessoal e congelamento das contratações, segundo uma pesquisa da consultoria de recursos humanos Watson Wyatt com 78 pequenas, médias e grandes companhias instaladas no Brasil.
Há outros indicadores de que o pessoal tem mesmo sentido na pele o revés da baixa na economia. O percentual de rotatividade voluntária entre as empresas consultadas foi de 2%. A involuntária esteve bem acima disso -- 9%. Das empresas consultadas, 42% restringiram ou congelaram totalmente as contratações (veja quadro abaixo). Mesmo para quem manteve suas posições nas empresas, a política de RH mudou: a média de aumento de salários por mérito caiu de 7% em 2001 para 5% neste ano (veja quadro ao centro). "É uma das áreas mais afetadas em tempos de crise, porque os cortes ali trazem efeitos imediatos", diz Marcello Alfieri, diretor da Watson Wyatt. "Mas, no longo prazo, os efeitos podem ser negativos."
Se cortar custos relacionados ao pessoal for mesmo inevitável, dá para minimizar os traumas? Alfieri diz que sim. Uma das maneiras é identificar os melhores e tentar poupá-los. "Algumas empresas, em vez de cortar o plano de bônus para todos os funcionários, mantiveram o benefício para uma faixa deles, de alto desempenho", diz. Outra maneira é, na verdade, um paliativo: difundir o conceito de remuneração total entre os funcionários. Ou seja, realizar campanhas para lembrar que benefícios, como plano de saúde e carro, fazem parte da remuneração.
O esforço pode ser recompensado, especialmente quando o mercado melhorar e as oportunidades de trabalho aumentarem. Mesmo na crise 75% empresas acham difícil reter e 87% acham difícil atrair funcionários de alto desempenho.
CIFRAS A MAIS
A média de aumento de salário por mérito diminui em % | |
2001 |
7,5
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2002 |
5,5
|
2003 |
5
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MERCADO EM BAIXA
A maioria das empresas restringiu ou suspendeu as contratações. Nem os funcionários de alto desempenho escaparam em % | |
Restringiram ou suspenderam
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Funcionários com habilidades críticas para a empresa
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Funcionários comuns
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36
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42
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Não mudaram nada
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Funcionários com habilidades críticas para a empresa
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Funcionários comuns
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25
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18
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Aumentaram
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Funcionários com habilidades críticas para a empresa
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Funcionários comuns
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24
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22
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Não só não contrataram como demitiram
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Funcionários com habilidades críticas para a empresa
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Funcionários comuns
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15
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18
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