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AmVac vê Brasil como principal cliente de novo sistema de uso de pesticida

SIMPAS permite que produtores apliquem diversos tipos de agrotóxicos ou fertilizantes ao mesmo tempo e em dosagens certas em cada ponto da lavoura

Pulverização de agrotóxicos: uso de aviões é uma das formas de aplicação de fertilizantes no Brasil (Nacho Doce/Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de agosto de 2019 às 15h51.

Última atualização em 13 de agosto de 2019 às 15h53.

São Paulo — Executivos da empresa de agroquímicos American Vanguard, conhecida como AmVac, acreditam que os agricultores brasileiros vão se tornar os principais usuários de um novo sistema de aplicação de pesticidas atualmente em teste nos Estados Unidos .

O sistema SIMPAS permite que produtores apliquem diversos tipos de pesticidas ou fertilizantes ao mesmo tempo, calibrando a quantidade exata a ser utilizada nos diferentes pontos da lavoura, o que potencialmente minimiza as dosagens e otimiza os recursos, disseram os executivos nesta segunda-feira.

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A AmVac planeja introduzir o sistema no Brasil um ano após a conclusão do lançamento nos EUA, que está previsto para 2021, afirmou o diretor de operações da empresa, Bob Trogele, antes de uma feira do setor em São Paulo.

Além de pesticidas, a AmVac também vende fertilizantes especiais, um mercado de 2 bilhões de dólares no Brasil, de acordo com Thomas Britze, diretor-geral no país e chefe da Defensive & Agrovant, empresa local adquirida em janeiro pela AmVac, em um acordo cujos valores não foram divulgados.

O Brasil é um dos maiores mercados mundiais de agroquímicos, com vendas de 10,5 bilhões de dólares em 2018, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).

O país se tornou um mercado chave para a AmVac desde que a companhia iniciou uma expansão internacional, disse Trogele, embora ele tenha se recusado a revelar o valor de vendas que a AmVac pode gerar aqui.

De acordo com Trogele, atualmente a AmVac obtém 60% de suas vendas nos EUA, seu mercado de origem, e 40% externamente.

A respeito da estratégia de curto prazo para o Brasil, os executivos da AmVac, que anteriormente trabalharam na Bayer, disseram que a empresa irá crescer organicamente e possivelmente através de aquisições.

"Se virmos algo que pareça ajustado, analisaremos, pois somos uma empresa de aquisições", afirmou Trogele.

"Toda semana eu recebo uma proposta de algum banco de investimentos ou contatos diretos de empresas que querem vender seus negócios", disse Britze.

As prioridades mais imediatas são a contratação de dez representantes de vendas e o lançamento de um produto para ajudar agricultores no combate da ferrugem da soja, afirmaram os executivos.

A AmVac estima que atualmente cinco companhias dominem uma parcela de 80% do mercado de pesticidas do Brasil, após uma onda global de consolidação.

Embora a empresa vá competir diretamente com grandes rivais, a AmVac deseja se diferenciar combinando a venda de químicos com a oferta de uma tecnologia de aplicação que ela diz ser "disruptiva", por proteger o trabalhador, poupar o meio ambiente e permitir aplicações simultâneas de vários produtos a uma taxa variável.

"Teremos acesso a clientes que não estão contentes com a consolidação", disse Britze. "(Produtores) não querem depender de apenas uma ou duas empresas, e isso abrirá novas portas."

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