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Amazon adota entregas grátis para atrair clientes na Índia

Investidores estão contando com a expansão internacional para ajudar a empresa a crescer e apoiar seu valor de mercado de US$ 165 bilhões


	Caixas da Amazon: Índia é o terceiro maior investimento da Amazon feito em países emergentes, depois de Brasil e China
 (Simon Dawson/Bloomberg)

Caixas da Amazon: Índia é o terceiro maior investimento da Amazon feito em países emergentes, depois de Brasil e China (Simon Dawson/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2013 às 15h20.

Bangalore - Entrega grátis para um livro de 100 rúpias (1,60 dólar), com horário marcado. Essas são algumas das iniciativas que a maior varejista online do mundo, a Amazon, está adotando para incentivar os indianos a comprar pela Internet, hábito prejudicado por problemas com os meios de pagamento, baixo uso da web e ambiente logístico desafiador.

Os investidores da Amazon estão contando com a expansão internacional para ajudar a empresa a crescer e apoiar seu valor de mercado de 165 bilhões de dólares, um dos maiores entre companhias norte-americanas.

A Índia é o terceiro maior investimento da Amazon feito em países emergentes, depois de Brasil e China, e Amit Agarwal, vice-presidente e gerente nacional, disse que levará tempo para haver retorno.

A maior parte dos indianos não tem cartão de crédito, e menos da metade dos 152 milhões de usuários da Internet já realizaram alguma compra online. Há ainda as rodovias ruins, a burocracia e a política de propina que atrapalha os negócios.

O potencial, no entanto, é amplo.

As vendas online na Índia devem crescer mais de 100 vezes, para 76 bilhões de dólares em 2021, ante apenas 600 milhões de dólares no fim de 2012, informaram consultores da Technopak. As vendas online na China, por comparação, devem crescer para 650 bilhões de dólares em 2020, de cerca de 200 bilhões de dólares em 2012, segundo consultores da McKinsey.

"Muita inovação é necessária para capturar o potencial desse mercado e nosso foco é construir isso", disse Agarwal, que retornou para a Índia para liderar o negócio da Amazon no país após 14 anos trabalhando na empresa nos Estados Unidos.

"Estamos passando por muitas tentativas e erros para consertar problemas", disse à Reuters no escritório da Amazon na Índia, em Bangalore.

Indianos, na média, gastam entre 24 e 35 dólares por transação online, um número muito baixo perto dos 150 a 160 dólares gastos por clientes norte-americanos, de acordo com dados das empresas de pesquisa comScore e Retail Decisions.

"Agora estamos focados em dar aos clientes um ótimo serviço e garantir que eles comprem mais", acrescentou.

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