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Alupar investirá R$2,3 bi em projetos nos próximos 4 anos

Companhia de energia também avalia oportunidades de aquisição

Transmissão de energia: o total de investimentos previstos nos projetos, entre 60 a 70 por cento virão de financiamentos de longo prazo (Marcello Casal Jr./ABr)
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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 11h39.

São Paulo - A Alupar deve investir cerca de 2,3 bilhões de reais em projetos em andamento nos próximos quatro anos, nos empreendimentos contidos em planejamento estratégico, segundo o diretor financeiro da empresa.

A companhia, que atua em geração e transmissão de energia e recentemente desistiu de disputar a concessão da hidrelétrica Sinop junto com empresas da Eletrobras, quer crescer com novos projetos do setor --e tem interesse na hidrelétrica São Manoel-- mas também avalia oportunidades de aquisição.

"Isso (projetos greenfield) é parte do nosso DNA, vai continuar... Mas nós também fazemos avaliações de projetos que já estão prontos. De um ano pra cá, a gente têm estudado muita coisa", disse Marcelo Costa, em entrevista à Reuters na segunda-feira, ao acrescentar que vê mais oportunidades em geração, principalmente porque o setor ainda está mais segmentado.

Do total de investimentos previstos nos projetos, entre 60 a 70 por cento virão de financiamentos de longo prazo, disse o executivo, mas a estruturação ainda não está totalmente fechada.

A Alupar tem financiado o desenvolvimento de projetos por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), que tende a ser a fonte principal na busca dos recursos para os projetos programados -- mas Costa não descarta debêntures de infraestrutura e outros bancos para financiamento.

"Os projetos ainda não entraram em timing de financiabilidade que a gente possa já fazer o processo do BNDES. E em geral, nós começamos com processos do BNDES", disse Costa.

A companhia movimentou 851 milhões de reais em sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de units, numa emissão para captar recursos novos, realizada em abril.


Segundo o executivo, a Alupar avalia novos projetos, mas ainda não definiu se participará do leilão de energia nova A-3, marcado para novembro. "Não sei se vamos ter algum projeto que possa se encaixar no A-3, não temos nenhuma decisão ainda", disse, acrescentando que a empresa não trabalha só com o seu portfólio, mas também busca parceiros que tenham seus próprios projetos para entrar nos leilões. A participação no leilão, se ocorrer, tende a ser com projetos eólicos, segundo Costa.

No leilão A-5 realizado em agosto, a empresa chegou a formar consórcio com subsidiárias da Eletrobras para disputar o maior empreendimento da licitação - a hidrelétrica Sinop, no rio Teles Pires. Mas a empresa desistiu do empreendimento mesmo antes do leilão.

"Poderia ter um risco devido a essa construção de que o orçamento se desviasse um pouco ... e a gente estava mirando uma rentabilidade diferente para cobrir esse potencial risco. Achamos que era importante ter uma rentabilidade maior para esse projeto, caso contrário, poderíamos não ter a rentabilidade que achávamos que teríamos", disse Costa.

O orçamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a construção da hidrelétrica Sinop era de 1,7 bilhão de reais, inferior ao estimado pela Alupar, segundo o executivo, que não quis revelar a ordem de grandeza.

O executivo acrescentou que a saída de empresas da disputa nos leilões é natural, mesmo após formalizar a participação em consórcios, e que o caso de Sinop chamou a atenção porque a Eletrobras acabou vencedora. Isso não tinha acontecido ou não se tornou público antes, no caso de grandes projetos.

"A gente avisou antes do leilão para as outras duas empresas (Chesf e Eletronorte). Eles ganharam e aí a gente vai cumprir a nossa parte porque não é interesse da Alupar inviabilizar o negócio de parceiros", disse o executivo, ao acrescentar que a empresa sairá formalmente do consórcio após a assinatura do contrato de concessão e não terá custos.

A Alupar ainda avalia participar do leilão de transmissão, marcado para novembro e tem interesse em São Manoel, próxima grande hidrelétrica a ser licitada, no leilão A-5 de dezembro. A empresa também é parceira da Taesa, transmissora de energia do grupo Cemig, para o leilão de transmissão do sistema principal para conexão da hidrelétrica Belo Monte, previsto para ocorrer em 2014.

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São Paulo - A Alupar deve investir cerca de 2,3 bilhões de reais em projetos em andamento nos próximos quatro anos, nos empreendimentos contidos em planejamento estratégico, segundo o diretor financeiro da empresa.

A companhia, que atua em geração e transmissão de energia e recentemente desistiu de disputar a concessão da hidrelétrica Sinop junto com empresas da Eletrobras, quer crescer com novos projetos do setor --e tem interesse na hidrelétrica São Manoel-- mas também avalia oportunidades de aquisição.

"Isso (projetos greenfield) é parte do nosso DNA, vai continuar... Mas nós também fazemos avaliações de projetos que já estão prontos. De um ano pra cá, a gente têm estudado muita coisa", disse Marcelo Costa, em entrevista à Reuters na segunda-feira, ao acrescentar que vê mais oportunidades em geração, principalmente porque o setor ainda está mais segmentado.

Do total de investimentos previstos nos projetos, entre 60 a 70 por cento virão de financiamentos de longo prazo, disse o executivo, mas a estruturação ainda não está totalmente fechada.

A Alupar tem financiado o desenvolvimento de projetos por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), que tende a ser a fonte principal na busca dos recursos para os projetos programados -- mas Costa não descarta debêntures de infraestrutura e outros bancos para financiamento.

"Os projetos ainda não entraram em timing de financiabilidade que a gente possa já fazer o processo do BNDES. E em geral, nós começamos com processos do BNDES", disse Costa.

A companhia movimentou 851 milhões de reais em sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de units, numa emissão para captar recursos novos, realizada em abril.


Segundo o executivo, a Alupar avalia novos projetos, mas ainda não definiu se participará do leilão de energia nova A-3, marcado para novembro. "Não sei se vamos ter algum projeto que possa se encaixar no A-3, não temos nenhuma decisão ainda", disse, acrescentando que a empresa não trabalha só com o seu portfólio, mas também busca parceiros que tenham seus próprios projetos para entrar nos leilões. A participação no leilão, se ocorrer, tende a ser com projetos eólicos, segundo Costa.

No leilão A-5 realizado em agosto, a empresa chegou a formar consórcio com subsidiárias da Eletrobras para disputar o maior empreendimento da licitação - a hidrelétrica Sinop, no rio Teles Pires. Mas a empresa desistiu do empreendimento mesmo antes do leilão.

"Poderia ter um risco devido a essa construção de que o orçamento se desviasse um pouco ... e a gente estava mirando uma rentabilidade diferente para cobrir esse potencial risco. Achamos que era importante ter uma rentabilidade maior para esse projeto, caso contrário, poderíamos não ter a rentabilidade que achávamos que teríamos", disse Costa.

O orçamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a construção da hidrelétrica Sinop era de 1,7 bilhão de reais, inferior ao estimado pela Alupar, segundo o executivo, que não quis revelar a ordem de grandeza.

O executivo acrescentou que a saída de empresas da disputa nos leilões é natural, mesmo após formalizar a participação em consórcios, e que o caso de Sinop chamou a atenção porque a Eletrobras acabou vencedora. Isso não tinha acontecido ou não se tornou público antes, no caso de grandes projetos.

"A gente avisou antes do leilão para as outras duas empresas (Chesf e Eletronorte). Eles ganharam e aí a gente vai cumprir a nossa parte porque não é interesse da Alupar inviabilizar o negócio de parceiros", disse o executivo, ao acrescentar que a empresa sairá formalmente do consórcio após a assinatura do contrato de concessão e não terá custos.

A Alupar ainda avalia participar do leilão de transmissão, marcado para novembro e tem interesse em São Manoel, próxima grande hidrelétrica a ser licitada, no leilão A-5 de dezembro. A empresa também é parceira da Taesa, transmissora de energia do grupo Cemig, para o leilão de transmissão do sistema principal para conexão da hidrelétrica Belo Monte, previsto para ocorrer em 2014.

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