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Alpargatas é a Empresa do Ano de <i>Melhores e Maiores 2006</i>

Companhia transformou as sandálias Havaianas em caso inédito de sucesso de uma marca brasileira no mercado internacional

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h20.

Até o início da década de 90, as Havaianas eram vendidas em qualquer armazém de esquina e só calçavam os pés de quem não tinha dinheiro para comprar outra sandália. Hoje, são uma espécie de ícone da moda, cobiçadas por celebridades internacionais e presentes nas vitrines e nas calçadas dos Estados Unidos, da Europa, da Austrália e do Japão. No ano passado, mais de 22 milhões de pares de 39 diferentes modelos de Havaianas foram vendidos em 80 países. Desde 2000, as vendas internacionais crescem 50% ao ano.

A trajetória de sucesso no mercado internacional, inédita para uma marca brasileira de consumo de massa, foi um dos fatores que fizeram da sua fabricante, a São Paulo Alpargatas, a Empresa do Ano do anuário Melhores e Maiores 2006 , da Revista EXAME, publicação da Editora Abril. O presidente da companhia, Márcio Utsch, recebeu o prêmio na noite desta quarta-feira,  em São Paulo,  na festa de premiação das melhores empresas do Brasil, eleitas pelo anuário.

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Também contribuíram para a escolha os resultados financeiros da empresa. Em 2005, as vendas da Alpargatas - empresa controlada pelo grupo Camargo Corrêa - chegaram a 571 milhões de dólares, crescimento real de 15,3% em relação a 2004. O lucro líquido foi de 58,1 milhões de dólares, correspondente a mais de 10% do faturamento. Isso tudo em um ano desfavorável para o setor calçadista brasileiro, em que a concorrência chinesa provocou queda de 11% nas exportações nacionais. O índice de rentabilidade da Alpargatas, de 19,1%, é outro destaque, superior à média de 11,8% das 500 maiores empresas e mais que o dobro da média do setor.

Esta é a segunda vez que a Alpargatas, maior fabricante nacional de calçados e acessórios esportivos, ganha a premiação concedida por EXAME. Em 1982, a empresa também foi campeã. Na época, era um império têxtil e de calçados com 28 fábricas e 27.900 empregados. Hoje, tem oito fábricas e 11.400 funcionários. Mas ganha mais dinheiro do que nos anos 80. Uma mudança que reflete a evolução do próprio ambiente de negócios no Brasil.

A transformação das Havaianas foi resultado de um engenhoso programa de relações públicas, exposição do produto na mídia e inovações constantes. A cada ano, são lançados 40 novos modelos no Brasil e outros 40 no Exterior. As sandálias respondem por 50% do faturamento da Alpargatas. O desafio da empresa é aplicar esse modelo de sucesso, baseado em inovação, marca forte e um toque de brasilidade, em outros produtos. No ano passado, foram registrados 412 lançamentos, entre eles acessórios e tênis Rainha, Mizuno e Topper. Desde que assumiu a presidência, em 2003, Utsch tem trabalhado para transformar a Alpargatas em uma desenvolvedora de marcas esportivas multinacionais.

A conquista internacional terá um capítulo importante no próximo ano, quando a empresa completa um século de existência. Até lá, a companhia já terá instalado sua primeira filial estrangeira, a Alpargatas International, em Nova York. Nos próximos quatro anos, deverão ser investidos 50 milhões de dólares no projeto, é o primeiro passo para a internacionalização física das operações da Alpargatas.

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