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Ações de bancos sobem com crédito e decisão do BC

Nova regra para o recolhimento compulsório e estabilização da inadimplência contribuem para valorização dos papéis

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

As ações dos principais bancos do Brasil estão entre as maiores altas desta terça-feira (29/09). Os papéis são beneficiados pelos números do mercado de crédito divulgados pelo Banco Central nesta manhã e pela decisão do BC de alterar as regras para os depósitos compulsórios.

Às 12h02, as ações preferenciais do Bradesco (BBDC4, sem direito a voto) subiam 2,68%, para 34,53 reais. Os papéis do Itaú-Unibanco (ITUB4) se valorizavam 2,41%, para 34,89 reais. Já o Banco do Brasil tinha alta de 1,23%, para 30,37 reais.

Na opinião dos analistas do Barclays, as alterações introduzidas nos compulsórios vão ter um impacto neutro sobre as reservas dos bancos, de acordo com o BC, e um impacto mínimo sobre seus rendimentos, segundo a análise do banco britânico. Ao mesmo tempo, o banco disse enxergar a decisão do BC "como um sinal positivo de recuperação da indústria bancária".

As medidas do BC preveem que as instituições financeiras só poderão abater do compulsório sobre depósitos a prazo os ativos comprados de bancos que tenham patrimônio de referência de até 2,5 bilhões de reais, e não de até 7 bilhões de reais como era anteriormente.

A alíquota do compulsório foi reduzida para 13,5%, frente a patamar anterior de 15%. Além disso, a parte do compulsório sobre depósitos a prazo recolhida em espécie foi reduzida de 60%para 55%. A parcela em títulos, em contrapartida, foi elevada de 40%a 45%.

Outra medida do pacote foi a prorrogação para o dia 31 de março de 2010 do prazo que os bancos tem para deduzir a compra de ativos do compulsório. De acordo com a regra original, esse prazo terminava nesta quarta-feira (30/09).

Além das mudanças anunciadas para o compulsório nesta segunda-feira, o BC informou nesta manhã que as concessões de crédito tiveram um crescimento de 7,3% pela média diária em agosto. O BC também afirmou que houve a estabilização do índice de inadimplência após oito meses seguidos de alta.
 

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